Guerra no Médio Oriente

Governo de Israel vai discutir tréguas no Líbano

O Governo de Israel analisa na terça-feira um plano de tréguas com o Hezbollah, mas antes disso esta segunda-feira ordenou mais ataques sobre o Líbano. 

SIC Notícias

Numa só hora, Israel diz que bombardeou 25 alvos nos subúrbios sul de Beirute. Garante que atingiu postos de comando do Hezbollah em Dahiyeh, o bairro bastião do movimento xiita na capital libanesa. Os poucos civis que permanecem na área atacada desmentem os israelitas.

Já no sul do Líbano, o Exército israelita divulgou vídeos das tropas em combate. Em retaliação, o Hezbollah lançou esta segunda-feira outra salva de foguetes contra o norte e o centro de Israel. 

Tanto o movimento xiita como os israelitas desmentem que esteja iminente um cessar-fogo. O plano proposto pelos Estados Unidos prevê tréguas imediatas de 60 dias, e recupera a resolução 1701 da ONU, nunca respeitada desde o final da guerra de 2006.

“O nosso objetivo era muito claro, ou seja, empurrar o Hezbollah para norte do rio Litani. Ainda não o concluímos, mas estamos a avançar. Presumo que o gabinete se reunirá hoje ou amanhã para discutir o assunto, e penso que para nós é importante o que acontecerá depois... que o Hezbollah não será autorizado a regressar à vedação, e faremos tudo o que for necessário para o garantir. Aprendemos as lições de 2006”, disse Danny Denon, embaixador de Israel na ONU. 

A hipótese de tréguas poderá ser rejeitada pelos ministros de extrema-direita de Netanyahu. Consideram haver uma oportunidade única para aniquilar o Hezbollah. No Irão, o Líder Supremo reagiu ao mandado de detenção internacional para o primeiro-ministro de Israel. Defendeu a pena capital para Netanyahu.

“O que eles fizeram não é uma vitória, é um crime de guerra. O seu mandado de captura foi emitido, mas isso não é suficiente, uma sentença de execução para Netanyahu (deve ser emitida)”, afirmou o Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irão. 

Noutra frente do conflito, Israel mantém a ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza. As chuvas torrenciais do fim de semana agravaram ainda mais a situação humanitária, para mais de dois milhões de civis encurralados pela guerra no território palestiniano.

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