Israel declarou como organização terrorista a agência das Nações Unidas que apoia refugiados palestinianos (UNRWA). Na prática, impede a agência de levar bens essenciais à Faixa de Gaza, Cisjordânia ocupada e Jerusalém oriental. A decisão está a ser fortemente criticada pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos. António Guterres considera mesmo que ofende o direito internacional.
A guerra de Israel com a agência das Nações Unidas não é de agora. Nas imagens de 7 de outubro, é possível ver alguns militantes do Hamas a usar automóveis da mesma agência no ataque a Israel.
O país diria mais tarde que 12 funcionários participaram dos ataques mas nunca apresentou provas. Uma comissão independente acabaria mais tarde por ilibar a agência da ONU para os refugiados palestinianos.
Apesar disso, o Parlamento israelita já decidiu, aprovando duas leis que classificam a agência como terrorista e que na prática vão impedi-la de fazer seu trabalho. A aprovação da lei irá na prática impedir, dentro de mês e meio, o trabalho da agência das Nações Unidas, não só na Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém oriental.
Cerca de 2 milhões e meio de pessoas podem ficar sem ajuda humanitária.
António Guterres emitiu já um comunicado apelando a Israel para que cumpra as suas obrigações internacionais. O secretário-geral da ONU lembra que não nenhuma lei nacional pode alterar essas obrigações.
Várias vozes destacadas internacionalmente já vieram criticar a decisão tomada pelo Parlamento israelita, incluindo alguns dos seus maiores aliados.
A agência da ONU para os refugiados palestinianos nasceu há quase 80 anos, criada logo após o nascimento do Estado de Israel.
Esta terça-feira, os militares israelitas bombardearam Beit Lahia, uma localidade no norte de Gaza. Várias dezenas de pessoas morreram.
O Hezbolhah anuncia ter escolhido um novo líder. Trata-se de Sheikh Naim Kassem. Vai ocupar o lugar de Hassan Nasrallah, morto num ataque israelita em Beirute.