Nas imediações do aeroporto de Beirute, o alvo, nesta segunda-feira, foi uma agência do banco Al Qard al Hassan. A luz do dia revelou a destruição provocada pelos ataques aéreos ao bairro de Dahiyeh, reduto do Hezbollah.
Na capital, mas também no vale de Bekaa e no sul do Líbano, os caças e os drones bombardearam cirurgicamente as filiais da organização de caridade que, segundo os Estados Unidos e Israel, contorna as sanções internacionais e serve para financiar o Hezbollah.
Bruxelas pede aos Estados-membros para enviarem material médico para o Líbano
Quatro semanas de ofensiva israelita em solo libanês não anularam as capacidades bélicas do Hezbollah. O movimento xiita lançou esta segunda-feira outras dezenas de foguetes contra o norte de Israel. Um dos ataques interrompeu o funeral de Alexei Poupov, vítima de um foguete do Hezbollah no fim de semana.
Em Beirute, o enviado especial dos Estados Unidos voltou a apelar a uma negociação para um cessar-fogo. Considerou já sem sentido a resolução 1701 da ONU, nunca respeitada nos últimos 18 anos, em 2006, no final da última guerra entre Israel e o Hezbollah, estabelecia o desarmamento do movimento xiita e um sul do Líbano totalmente desmilitarizado.
Já no norte da Faixa de Gaza, são os palestinianos que acusam as tropas israelitas de terem iniciado a expulsão de 200 mil civis que permaneciam na área. A semana começou com outro ataque a zonas residenciais.
OMS anuncia retirada de mil crianças e mulheres de Gaza
Na fronteira da Faixa de Gaza, centenas de ativistas de extrema-direita construíram as cabanas que marcam o feriado de Sukkot, a festa das Colheitas, e decidiram celebrar a data com uma manifestação pelo regresso dos colonatos judaicos a Gaza. A iniciativa teve o apoio do ministro ortodoxo Ben Gvir, que garantiu que setecentas famílias estão já prontas para viver no território palestiniano à beira do Mediterrâneo.