O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, exige ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que retire os capacetes azuis do sul do Líbano. Uma posição assumida depois de pelo menos 15 soldados das Nações Unidas terem ficado feridos num ataque de Israel a uma base da ONU.
Vários países, e até o Papa Francisco, deixaram duras críticas a Israel, que tem pedido para que os capacetes azuis saiam dali. Agora, o apelo feito por Netanyahu ao secretário-geral da ONU, o mesmo que é para Israel uma “persona no grata”.
“Senhor secretário-geral, leve as forças da UNIFIL para um local seguro. Isto deve ser feito imediatamente”, disse Netanyahu
Israel garante que o Hezbollah dispara rockets contra as cidades israelitas a partir das imediações das bases, mas as Nações Unidas entendem que estão a ser atacadas de propósito.
Na mesma declaração, Netanyahu pediu desculpa pelo exército israelita ter atingido vários capacetes azuis esta semana. mas isso não impede a contestação externa. Os 40 países que têm soldados no sul do Líbano vestindo as cores das Nações Unidas condenam os ataques e até o Papa sentiu-se obrigado a pedir respeito pelas forças da ONU na região.
Ao longo do fim de semana, as tropas israelitas exigiram que pelo menos 20 localidades no sul do Líbano fossem evacuadas. Boa parte das quais já foram atingidas e até já estão praticamente vazias.
Nas últimas horas, as operações israelitas em Beirute foram, por ordem de Netanyahu, reduzidas de forma significativa. Uma decisão que foi tomada a pedido dos EUA, explica o correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman. Um sinal de que eventuais negociações para um cessar-fogo podem estar mais perto de alcançar uma resolução.