Os vídeos que vão surgindo nas redes sociais começam a desvendar a dimensão da tragédia. Nas ruas, sinais de execuções à queima-roupa denunciam um fim de semana de extrema violência.
O Observatório Sírio fala em 29 massacres, entre sexta-feira e sábado, na região costeira de Latakia, na zona ocidental do país, e que provocaram a morte de mais de 700 civis.
A Organização de Direitos Humanos acredita que a ação foi levada a cabo pelas próprias forças de segurança sírias, em resposta a um ataque lançado na quinta-feira por apoiantes do antigo presidente Bashar al-Assad.
A maior parte das vítimas integra a comunidade religiosa de que descende a família de Bashar al-Assad.
A onda de violência levou dezenas de pessoas a procurar refúgio numa base militar da Rússia, a potência que, na última década, serviu de tábua de salvação ao antigo regime.
O novo Governo sírio não assume responsabilidade, mas compromete-se a punir o que classifica de excessos. Repudia ainda ações de vingança, mas deixa um aviso: continuará a “perseguir” o que resta do regime caído.
Recorde-se que as novas forças sírias são compostas em grande parte por ex-combatentes de um grupo radical com ligações à Al-Qaeda.