Junto ao comando policial em Damasco, na Síria, há ainda muito pelos cantos que faz lembrar o antigo regime. O país está praticamente todo em reconstrução e de tantos anos que esteve dividido, procura agora pôr a funcionar uma polícia comum, mas falta gente. Quem fugiu da brutalidade de Bashar al-Assad é agora bem-vindo.
O novo líder sírio prometeu deixar as suas ligações extremistas para trás, mas há sinais de que a lei islâmica está a ser posta em prática em vários setores-chave da sociedade. Os novos polícias são obrigados a saber o que é certo ou errado de acordo com as escrituras.
O senso de moralidade é agora um requisito necessário na corrida para erguer a nova autoridade Síria, depois do desmantelamento das forças de segurança ao serviço de Bashar al-Assadconhecidas pela brutalidade e corrupção. A procura por um emprego neste setor do Estado é enorme.
Os islâmicos sunitas no poder precisam de garantir a estabilidade para ganhar a confiança do povo sírio. Colocar a religião no centro do policiamento corre o risco de semear novas divisões num país farto de armas, após 13 anos de guerra civil.