A malha é para apertar, não estivesse a imigração no topo das dez prioridades do Governo. O Governo volta a insistir no novo SEF, intenção antiga que chumbou às custas do Chega na última legislatura.
"Aprovaremos nos próximos dias uma proposta de revisão da Lei da Nacionalidade, uma proposta de alteração da Lei dos Estrangeiros, com implicações na limitação do acesso ao reagrupamento familiar, na simplificação do processo de repatriamento de imigrantes ilegais, e voltaremos a propor a criação de uma unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP", frisa Luís Montenegro.
Ao Chega, Luís Montenegro deixa a provocação e não adianta mais sobre o que vem aí.
"O que o Governo pretende fazer é apertar as regras, limitar possibilidades, mas não é suspender. Reitero que termos famílias de imigrantes integradas é bom para a economia e para o desenvolvimento do país. Mau é termos imigrantes ilegais e falta de regras. É por isso que vamos alterar a Lei da Nacionalidade e permitir que o Chega corrija o erro de ter inviabilizado a agilização do repatriamento e a criação do SEF na PSP", acrescentou o primeiro-ministro em resposta ao Chega.
O novo xadrez político, em princípio, dá luz verde ao Governo para apertar a malha. E nesse novo xadrez, o Governo quer estar ao centro. Com o Partido Socialista (PS) de um lado, e o Chega do outro.
"Sete anos de políticas socialistas que foram irresponsáveis", afirmou António Leitão Amaro.
O ministro da Presidência garantiu ainda que as perdas de nacionalidade admitidas pelo primeiro-ministro não serão automáticas.