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Ascensão de grupos de extrema-direita? “Não podemos transformar a democracia com violência”, diz Ventura

O líder do Chega diz que é tão contra a ascensão de movimentos violentos de extrema-esquerda como de extrema-direita. André Ventura refere que o país tem de ser mudado é “pelos votos”.

Rita Carvalho Pereira

André Ventura afirmou, esta terça-feira, que o preocupa a ascensão de grupos de extrema-direita e defendeu que a democracia "não pode ser transformada" através da “violência”. 

Temos de transformar o país pelos votos, pela democracia, por convencer as pessoas”, declarou o líder do Chega, esta tarde, em declarações aos jornalistas, à margem do debate do programa do Governo no Parlamento. 

“Não podemos transformar a democracia com nenhum tipo de violência”, sublinhou. 

O líder do Chega foi questionado sobre se o preocupava a ascensão de grupos de extrema-direita, após a divulgação da detenção de seis membros do Movimento Armilar Lusitano, um grupo ultranacionalista com objetivos políticos, apoiado numa milícia armada. 

O líder do Chega respondeu que está preocupado com a ascensão “de todos os grupos”, seja “de extrema-direita ou de extrema-esquerda”. E felicitou as autoridades pelo trabalho que levaram a cabo, saudando “toda a ação contra qualquer violência”. 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve seis membros do Movimento Armilar Lusitano, um grupo ultranacionalista com objetivos políticos, apoiado numa milícia armada, indiciados por crimes relacionados com atividades terroristas e incitamento ao ódio e à violência. 

Na operação "Desarme 3D", foram apreendidas armas de fogo e material explosivo, algumas produzidas através de tecnologia 3D. Os detidos estavam a armar-se, a treinar e a recrutar pessoas para um plano de ataque.  

“A alteração violenta do Estado de direito era uma das finalidades desta organização”, para a qual estariam a ser desenvolvidos “atos preparatórios”, segundo a diretora da Unidade Nacional de Contraterrorismo da PJ, Manuela Santos.  

Um dos detidos é chefe da PSP em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa 

“Plágio” de medidas? Governo tem é de “saber executar” 

Ainclusão de medidas dos programas eleitorais de outros partidos no programa do Governo foi um dos temas mais falados no debate desta terça-feira na Assembleia da República. 

Sobre o assunto, André Ventura garante que não o incomoda que o Luís Montenegro “roube” medidas ao Chega. O que receia é que as mesmas sejam apenas anunciadas e que nunca venham a ser aplicadas. 

Para o líder do Chega copiar medidas de outros partidos “não é preocupante”. Tem é dúvidas sobre a concretização das mesmas pelo primeiro-ministro. 

“Há uma tentativa de copiar ou assumir bandeiras que são de outros, mas depois não sabe concretizar”, acusa Ventura.

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