Há mais um caso de controvérsia dentro do Governo. João Gomes Cravinho terá assumido o processo de manutenção dos 12 helicópteros EH-101 sem a autorização necessária do Tribunal de Contas.
De acordo com o Expresso, terão sido desembolsados mais de 3 milhões de euros neste caso.
Além disso, o ex-ministro da Defesa terá aprovado uma renegociação do contrato por mais três meses para a manutenção das aeronaves de busca e salvamento.
Até ao momento, nenhum contrato de manutenção terá sido assinado com o fornecedor.
Este acordo tinha terminado em 2018 e João Gomes Cravinho pediu a renegociação logo após o término. Três meses depois, decidiu cancelar o negócio sem um motivo aparente.
Tudo isto levou à assessoria fantasma de um contrato inexistente por parte de Marco Capitão Ferreira, que se demitiu na passada semana do cargo de secretário de Estado da Defesa.
Em apenas cinco dias, recebeu 61,5 mil euros. É, por isso, suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio.
Cravinho numa “posição frágil”
David Dinis, diretor adjunto do Expresso, considera que estas suspeitas colocam o ministro João Gomes Cravinho numa posição frágil.
À SIC Notícias, explica que, além de não existir um visto do Tribunal de Contas, ninguém assumiu um contrato para a manutenção dos helicópteros.