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"É exigível um reset no Governo, não um remendo", diz Basílio Horta

"O que é exigível é uma remodelação profunda no Governo, não um remendo, é preciso quase um reset", atirou Basílio Horta, que, no entanto, se coloca contra à possibilidade de dissolução da Assembleia da República.

Daniel Pascoal

Na sequência do pedido de demissão do ministro das Infraestruturas João Galamba, que foi recusado por António Costa, o presidente da Câmara Municipal de Sintra disse à SIC Notícias que é necessária uma “remodelação profunda no Governo” a “curto prazo”.

"O que é exigível é uma remodelação profunda no Governo, não um remendo, é preciso quase um reset", atirou Basílio Horta, que, no entanto, coloca-se contra à possibilidade de dissolução da Assembleia da República.

"Há um governo com maioria absoluta, pelo que a dissolução ao meu entender não tem lugar. Mas também nao é possível manter o governo como está, ou vamos ter um escândalo todas as semanas", afirmou.

O autarca alega que “é preciso admitir que as coisas correram mal. ”A única solução é acabar com esta situação que estamos a viver, de desprestígio das instituições. A única forma é o primeiro-ministro retomar a iniciativa política, partir do zero".

Sobre a tal “remodelação profunda” no Governo, Basílio Horta acredita que a maior dificuldade vai ser encontrar os “melhores” políticos.

“Na situação atual duvido muito que pessoas com princípios independentes aceitem participar na vida pública. Nós devíamos ter os melhores, e arriscamos a ter os médios, ou mesmo os piores”.

“Estamos a dar a Galamba uma importância excessiva”

António Costa falou ao país, pediu desculpas aos portugueses e disse que não aceita a demissão do ministro das Infraestruturas, numa decisão “pensada nos últimos dias”.

Para o presidente da Câmara de Sintra, “estamos a dar a Galamba uma importância excessiva em termos nacionais”.

"Acho que foi inaceitável o episódio, lamentável. Mas não é este episódio que justifica a situação do país neste momento. São vários episódios ao longo do tempo, que nós temos vindo a olhar às vezes com incredibilidade", realçou Basílio Horta.

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