Queda do BES

PCP quer ouvir Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, da Ongoing, na comissão de inquérito ao BES

O PCP apresentou hoje um requerimento para ouvir na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES) Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, respetivamente presidente e vice-presidente da Ongoing.

© Hugo Correia / Reuters

Os comunistas endereçaram hoje o texto ao presidente da comissão, Fernando Negrão (PSD), e nele é pedida também a vinda ao parlamento de Carlos Calvário, antigo diretor do GES na área do departamento de risco.

Os parlamentares comunistas da comissão, liderados pelo coordenador Miguel Tiago, pediram hoje também vários documentos a entidades como o Banco de Portugal (BdP), Espírito Santo International (ESI) ou Rioforte.

Ao BdP, por exemplo, o PCP reclama "todos os relatórios de auditorias internas e externas" na sua posse desde 2000, ao passo que à ESI é pedida "a lista de pagamentos do ramo não financeiro" da 'holding'.

A comissão ouve hoje o presidente da KPMG Portugal e KPMG Angola, Sikander Sattar, numa audição que decorre à porta fechada.

Sikander Sattar é hoje ouvido enquanto presidente da administração da KPMG Angola, depois de ter já sido escutado na comissão como responsável da empresa em Portugal.

A audição do responsável estava inicialmente prevista para as 16:00 mas arrancou mais de hora e meia depois, pelas 17:40. A comissão de inquérito arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".

 

 



 

Lusa

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