Em vez de festa, a perspetiva do regresso da prova rainha do automobilismo a Portugal e ao circuito do Algarve gera, por agora, pouco mais do que silêncio. Tanto o autódromo como o Turismo do Algarve, que estão na linha da frente das negociações com os organizadores da prova, dizem que nada têm a acrescentar ao anúncio feito pelo primeiro-ministro.
A autarquia socialista foi a única a expressar, até agora, entusiasmo.
"Vejo o anúncio com muito agrado", assume, em entrevista à SIC, Álvaro Bila, presidente da Câmara Municipal de Portimão
O anúncio, feito por Luís Montenegro, durante a festa de verão dos sociais-democratas enquanto o país sofria com os incêndios, gerou desconforto, o qual o ministro da Economia tentou contrariar na antena da SIC Notícias.
À SIC, fontes ligadas à negociação com a Liberty Media garantem que já existe entendimento sobre as condições desse regresso, que deverá incluir três grandes prémios.
No entanto, os valores acordados continuam sob sigilo. Em 2023, Portugal não conseguiu garantir os 25 milhões de euros necessários para integrar o calendário da F1. Agora, deverá ter assegurado entre 30 e 50 milhões.
Espera-se que a prova traga impactos significativos para a restauração e hotelaria da região, além de ganhos na imagem do país.
O namoro entre o autódromo do Algarve e a Fórmula 1 vem de longe. Já permitiu o regresso da prova rainha do automobilismo a Portugal em 2020 e 2021. Na altura, devido às restrições da pandemia, a presença de espetadores foi limitada a 30 mil.
Em 2027, o circuito poderia preencher até 90 mil lugares por dia. O acordo final poderá ser fechado já no início de setembro.