Football Leaks

Ministério Público pede pena de prisão para Rui Pinto

Para o advogado, Aníbal Pinto, o Ministério Público pede que seja condenado por extorsão na forma tentada.

PATRICIA DE MELO MOREIRA

SIC Notícias

O Ministério Público (MP) pediu, esta quarta-feira, que Rui Pinto fosse condenado a pena de prisão por 89 dos 90 crimes de que está acusado no processo. À exceção da sabotagem informática à SAD do Sporting, o MP considerou que todos os crimes foram provados.

No entender do MP, os acessos ilegítimos de Rui Pinto a contas de email de trabalhadores do Sporting, entre os quais Bruno de Carvalho, ex-presidente, e Jorge Jesus, antigo treinador da equipa de futebol, "não foram o motivo da queda do sistema, que já se encontrava em baixo".

"A ação do arguido não teve então o efeito expresso na acusação", referiu Marta Viegas, entendo que, por esse motivo, não se verificou o crime de sabotagem informática à SAD do Sporting, tal como estava indicado na acusação.

Rui Pinto, de 34 anos, estava a responder por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo - que visava entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) -, sabotagem informática (único crime não provado) e extorsão na forma tentada.

Este último crime dizia respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto, para quem o Ministério Público pediu que fosse condenado por extorsão na forma tentada.

O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de agosto de 2020, "devido à sua colaboração" com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu "sentido crítico", mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

Esta quarta-feira começaram as alegações finais do julgamento do processo Football Leaks, que deverão decorrer ao longo de três dias, no Juízo Central Criminal de Lisboa, com intervenções do Ministério Público (MP), assistentes e defesas dos arguidos Rui Pinto e Aníbal Pinto.

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