José Manuel Bolieiro chegou à liderança do Governo Regional dos Açores com o apoio de uma coligação de governo formada por três partidos e por dois acordos de incidência parlamentar. Um com a Iniciativa Liberal e outro com o Chega. É precisamente este último que Miguel Pinto Luz diz não existir.
Em entrevista no Facto Político - publicado semanalmente, ao sábado, no site da SIC Notícias - o segundo vice-presidente do PSD garante que o “não é não” de Luís Montenegro a entendimentos com André Ventura é para levar a sério, "mas não temos que ostracizar esse eleitorado”.
O Chega é assim um dos partidos a que o PSD que roubar votos nas legislativas de 10 de março, mostrando-se como “o partido do lado dos moderados que pode apresentar soluções” para os problemas relacionados com “insegurança nas ruas, imigração sem controlo, uma justiça que não funciona e os níveis de corrupção elevados”.
Afastado que está o partido de André Ventura, Miguel Pinto Luz não se compromete com coligações pré-eleitorais, mas também não lhes fecha a porta. Um entendimento com o CDS só será avaliado depois do congresso deste sábado, mas com a porta da Iniciativa Liberal fechada, sobram as críticas: “A Iniciativa Liberal já devia ter aprendido com a história porque a decisão de se pôr de fora de uma solução anti-socialista em Lisboa correu mal”.