Numa semana em que Luís Montenegro acusou o Governo de “querer alcançar contas certas à custa do sofrimento das famílias” ao mesmo tempo que António Costa e Fernando Medina têm feito da redução da dívida pública e do excedente orçamental bandeiras da governação, António Leitão Amaro não nota uma mudança de papéis. Em entrevista ao Facto Político, garante que o PSD não mudou de posição e elogia o “arrepiar” de caminho dos socialistas na disciplina orçamental: “É bom sinal”.
A redução da dívida pública e o excedente orçamental previstos na proposta do governo “não são a parte errada”, de acordo com o vice de Luís Montenegro. O que está mal, explica, é o caminho para lá chegar.
“Temos ideia de que alguém ter ficado mais magro é sinal de que está em forma, mas a verdade é que quando vemos uma pessoa magrinha, pode ser porque está doente ou a passar fome”.
No capítulo do IRS, Leitão Amaro recusa a ideia de que o governo foi mais longe do que a proposta do PSD e sem querer entrar em campeonatos, conforta-se com a ideia de que “os portugueses sabem quem é que definiu a estratégia de redução, qual foi o líder que a propôs e quem a copiou”.
Já sobre a proposta de eliminação do aumento do IUC, o vice-presidente do PSD lamenta que “sejam as famílias que não têm dinheiro para mudar de carro as que mais vão sofrer.