UEFA Euro 2024

Quem esteve "no pior e no pódio" de Portugal frente à França?

O comentador da SIC João Rosado analisa e avalia as prestações dos jogadores da Seleção Nacional na derrota diante a França. Quem foram os melhores e os piores?

Hassan Ammar

João Rosado

NO PIOR

Bernardo Silva (5)

Roberto Martínez espera sempre mais e mais de Bernardo e toma decisões no jogo que espelham a confiança num golpe mágico do n.º10. Quando aos 74’ o selecionador prescindiu de Bruno Fernandes e lançou Francisco Conceição para a direita, claramente, disse ao ala direito para se posicionar no corredor central. No fundo, era uma segunda oportunidade para o canhoto que enquanto esteve encostado à linha só se notabilizou por uma cabeçada que acertou em cheio... na máscara de Mbappé. Enfim, no desempate por penáltis, não falhou.

Cristiano Ronaldo (5)

Com pouco apoio, esteve entregue aos colossais Upamecano e Saliba. Nesta altura do (seu) campeonato, o cenário revelou-se pesado demais. No que respeita aos livres diretos, beneficiou de duas possibilidades. Aos 42’ deixou que fosse Bruno Fernandes a converter e aos 85’ foi mesmo CR7 a disparar contra a barreira francesa. A grande ocasião, essa, foi perdida aos 93’, após assistência de Conceição. Ronaldo, incrivelmente, atirou para as nuvens. Não falhou o seu penálti, escolhendo o lado que lhe dera felicidade ante a Eslovénia.

Palhinha (5)

Sem surpresa, acabou por sair mesmo a terminar o tempo regulamentar. Aos 79’, Palhinha viu o cartão amarelo (um pouco forçado, reconheça-se , após lance dividido com Mbappé) e logo aí Roberto Martínez percebeu que era um risco manter o médio defensivo perante a (confirmada) perspetiva do prolongamento. Sem ter feito um jogo negativo e mostrando-se disponível, como sempre, para atuar na sombra, o camisola 6 deu o lugar a Rúben Neves depois de 92 minutos em que teve de lidar com Griezmann e algumas vezes com o próprio Kanté.


E NO PÓDIO

Rafael Leão (8)

Revelou-se um verdadeiro terror para Koundé e obrigou Kolo Muani várias vezes a comportar-se como um segundo lateral direito. Aos 63’, já depois (aos 58’) de ter obrigado Camavinga a ceder in extremis um canto, o milanês ofereceu o golo a Vitinha, valendo aos gauleses soberba intervenção de Maignan. Numa fase posterior, por estar quase sempre colocado à frente de Nuno Mendes, Rafa teve que se preocupar em “fechar” mais face à entrada do irreverente Dembelé. Ainda assim, aos 102’, deu a sensação de golo, só que a bola esbarrou em Upamecano.

Vitinha (8)

O melhor elogio que se pode fazer tem a ver com a guarda de honra. Deschamps não fez a coisa por menos e disse a N’golo Kanté para nunca perder de vista Vitinha. É verdade que a primeira parte foi mais difícil para o camisola 23 mas depois de “aquecer” aos 41’ com um livre conquistado a Muani, a partir do intervalo notou-se o perfume de uma exibição que podia ter sido coroada com golo. Tudo aconteceu aos 63’, na sequência de uma bola (assistência) de Leão que Vitinha só não mandou para o fundo da baliza porque Maignan estava lá.

Francisco Conceição (8)

Se frente à Chéquia acabou por se revelar o salvador nacional, Chico contra a França deu a sensação que a história poderia repetir-se. Lançado aos 74’ para o lugar de Bruno Fernandes, começou logo por sacar (aos 83’) um amarelo a Saliba e seis minutos depois notabilizou-se com uma soberba assistência que merecia uma finalização ao estilo do verdadeiro Ronaldo. O capitão desperdiçou... conforme aos 108’ João Félix também desperdiçou um magnífico cruzamento do extremo portista. Pode dizer-se que foi o Dembelé... português.

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