O adversário de Portugal prepara o jogo dos quartos de final com uma nuvem no ar sobre a situação política que se vive em França. A segunda volta das eleições legislativas tem marcado o ritmo da informação da seleção em pleno Euro 2024.
Kylian Mbappé, estrela maior e capitão da equipa, veio a público pedir o voto contra a extrema-direita, num “momento crucial na história do país”.
"A situação é inédita, por isso dirijo-me ao povo francês e à geração mais jovem, que pode fazer a diferença. Apelo aos jovens para que votem. Vemos que os extremistas estão à porta do poder, temos a oportunidade de escolher o futuro do nosso país", disse o mais emblemático futebolista francês da atualidade.
“Na seleção há vários grupos, como na sociedade”
Raramente os jogadores se posicionam desta forma. Mbappé chegou mencionou a ideia de haver um comunicado conjunto dos atletas. No entanto, na equipa francesa estão concentrados 25 jogadores e há quem pense diferente.
“O comunicado não foi feito, precisamente porque, neste momento, os jogadores têm dificuldade de se expressarem a uma mesma voz, pela diferença de sensibilidades, de formas de se expressarem e de pensarem também. Na seleção há vários grupos”, considera Carlos Tanzi, jornalista do L'Équipe. "Vá várias correntes de pensamento, tal como há na sociedade em França, Portugal, ou qualquer outro país", afirma Baptiste Desprez, jornalista do Le Figaro.
O vice-campeão do mundo chega pela quinta vez, em seios torneios seguidos, aos quartos de final. Um feito importante na história do futebol e que pode ser melhorado se batem Portugal na sexta-feira.
No entanto, o jogo perde a importância com um momento tão decisivo para o país. Está tudo preparado para que os jogadores franceses possam votar em plena concentração aqui na Alemanha. Mas, se forem eliminados por Portugal, podem exercer esse direito em casa.