Eleições nos EUA

"Este ataque está tão esgotado": Elon Musk nega ter feito saudação nazi

O empresário norte-americano provocou polémica ao fazer duas vezes uma saudação, descrita por alguns jornais como "fascista" ou "nazi", enquanto outros defenderam que se tratou de um "gesto desajeitado".
Elon Musk
Mike Segar

SIC Notícias

O multimilionário norte-americano Elon Musk negou ter feito uma saudação nazi após a tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos, em Washington, acrescentando estar a ser alvo de um "golpe sujo".

"Francamente. Eles precisam de melhores golpes sujos. O ataque 'toda a gente é Hitler' está tão esgotado", escreveu o patrão da Tesla e da Space X numa mensagem publicada na rede social X, de que é proprietário.

O empresário norte-americano de origem sul-africana provocou polémica ao fazer duas vezes uma saudação, descrita por alguns jornais como "fascista" ou "nazi", enquanto outros defenderam que se tratou de um "gesto desajeitado".

Veja o momento

O empresário encontrava-se a discursar no palco do complexo Capital One Arena, Washington, onde os apoiantes de Donald Trump se tinham reunido para um encontro com o novo chefe de Estado, algumas horas após a tomada de posse do 47.º Presidente dos Estados Unidos.

Musk, depois de agradecer aos presentes por terem permitido o regresso de Trump à Presidência, bateu no peito com a mão direita e estendeu o braço com a palma da mão aberta.

Em seguida, Musk repetiu o gesto, virando-se para a multidão que se encontrava atrás do palco.

Historiadores dizem tratar-se de uma saudação nazi

A historiadora Claire Aubin, especialista em nazismo e neonazismo nos Estados Unidos, disse à Agência France Presse que o gesto de Elon Musk foi uma saudação nazi.

"Não demorou muito", criticou o congressista democrata Jimmy Gomez na redes social X.

Outra historiadora e especialista em fascismo, Ruth Ben-Ghiat, escreveu na mesma rede social, propriedade de Musk, que se tratou de uma "saudação nazi, agressiva".

"Elon Musk sabia exatamente o que estava a fazer"

Alguns jornais como o israelita Haaretz e o britânico Guardian, afirmaram que o multimilionário "parecia" ter feito uma saudação "fascista" ou de "estilo fascista".

"Pareceu [que Musk] esteve a aguentar durante algum tempo e finalmente conseguiu soltar-se. Como se tivesse estado a praticar em frente ao espelho para encontrar o ângulo certo", disse a democrata norte-americana Cori Bush na rede social X.

De acordo com a revista norte-americana Wired, muitas figuras de extrema-direita nos Estados Unidos ficaram satisfeitas com o evento, como o colunista Evan Kilgore, que saudou Musk por ter feito "um gesto incrível".

Nas últimas semanas, Elon Musk fez inúmeras declarações de apoio ao partido de extrema-direita alemão AfD, bem como à primeira-ministra italiana de extrema-direita, Giorgia Meloni, e ao partido anti-imigração britânico Reform UK.

"Elon Musk sabia exatamente o que estava a fazer com a saudação romana fascista no comício de Trump - que se segue ao apoio explícito às políticas e partidos de extrema-direita", disse Amy Spitalnick, chefe da organização judaica JCPA (Jewish Council for Public Affairs), num comunicado difundido, nesta terça-feira.

- Com Lusa

Últimas