Os empresários da indústria têxtil estão apreensivos com o regresso de Donald Trump à Casa Branca. Durante a campanha, o Presidente eleito prometeu aumentar as tarifas sobre os produtos estrangeiros, o que pode ter um impacto negativo no setor.
Os Estados Unidos não são o mercado principal desta empresa familiar com 45 anos. Mas fazem parte da estratégia de crescimento. Atualmente, exportam 15% do produto acabado, mas querem chegar aos 30%, com a aposta no segmento de têxteis para o quarto.
Da fiação à confeção, esta empresa tem 5 unidades onde trabalham 830 funcionários.
Uma possível quebra nas exportações é preocupante, mas o mercado americano continua apetecível e Portugal pode conseguir destacar-se.
Se a China for mais penalizada, com um aumento de tarifas de 60%, a Europa pode ter - em simutâneo - uma oportunidade e um desafio.
A exportação do setor têxtil português caiu 5% no ano passado e este ano vai no mesmo caminho por causa da redução no consumo.
Em terreno incerto, a ATP já falou com o Governo para se criarem apoios e antecipar as eventuais consequências
de uma guerra comercial.
Com medidas protecionistas, os Estados Unidos correm o risco de ter problemas de abastecimento de certos produtos e quem vai pagar é o consumidor final.
Um aumento da inflação pode contaminar a Europa.