Eleições nos EUA

O inusitado campo de batalha das eleições nos Estados Unidos: os jardins em frente às casas

Há uma guerra de cartazes de apoio aos candidatos, a uma semana das presidenciais nos Estados Unidos. A velha tradição de usar o relvado em frente à casa, para colocar mensagens de apoio político, está ameaçada por roubos, vandalismo e discussões entre vizinhos.

Joana Latino

A uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a colocação de cartazes de apoio político em jardins - uma tradição americana - tornou-se um campo de batalha. Há roubos, vandalismo e tensões entre vizinhos, especialmente nos bairros onde a rivalidade entre apoiantes de Donald Trump e Kamala Harris se intensifica.

Os especialistas políticos asseguram que os cartazes de quintal têm pouca influência em conquistar votos, mas são, ainda assim, uma prática enraizada na campanha americana. Enquanto Trump parece ter maior presença nos relvados, os analistas indicam que isto reflete apenas uma predisposição maior dos seus apoiantes em expor publicamente o posicionamento.

A primeira eleição de Trump trouxe um aumento na vandalização e furto dos cartazes. Em resposta, alguns cidadãos adotaram medidas de segurança inusitadas, como localizadores GPS nos cartazes. Num caso específico, um localizador ajudou a polícia a encontrar um carro cheio de cartazes furtados, resultado de um prejuízo de cerca de 1.500 euros. O responsável enfrenta até dois anos de prisão e multas de 60 mil euros.

Em várias regiões do país, inclusive Butler County, os apoiantes de Trump e Harris usam os jardins para sinalizar apoio a um dos lados da divisão nacional. Mas, com o avanço da contagem decrescente até o dia da eleição, uma coisa se torna clara: os Estados Unidos estão mais divididos do que nunca, com uma campanha marcada por rivalidades que vão além das urnas.

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