Eleições nos EUA

"É o pior presidente que vi na vida": Kamala conquista apoio de republicanos da Flórida

Em campanha nos Estados do Nevada e da Califórnia, Donald Trump promete baixar impostos e continua a propagar rumores falsos contra imigrantes. Na resposta, Kamala Harris, em comício na Pensilvânia, ataca diretamente o adversário e pede que se "vire a página". A pouco mais de 50 dias das eleições norte-americanas e com as sondagens a darem um empate entre os dois candidatos, o duelo endurece.

Pedro Coelho

Daniel Fernandes

300 carrinhos de golfe, vestidos com as cores democratas, é uma demonstração de apoio pouco comum em qualquer parte do mundo. Sobretudo quando os residentes, seniores que escolheram a Florida para a reforma dourada, costumavam votar no Partido Republicano.

No regresso ao Estado decisivo da Pensilvânia, a candidata democrata tenta a quadratura do circulo: criticar o adversário onde ela acha que mais lhe dói e recordar aos eleitores que tem propostas para a economia, a matéria onde tem marcado menos pontos.

Kamala Harris regressa ao debate da última quarta feira, destacando o que a separa do adversário.

"Lembrar-se-ão que falei de assuntos que são importantes para muitas famílias americanas como baixar o custo de vida, investir em pequenos negócios. Mas não foi isso que ouvimos de Donald Trump. Foi outra vez o mesmo. Está na altura de virar a página ", referiu a democrata.

Trump volta a insistir que imigrantes comem animais de estimação

Mas Donald Trump não volta a página. No Estado do Nevada, o candidato republicano flutuou nos ecos da principal mentira que marcou o debate de quarta-feira - os imigrantes haitianos de Springfield, no Ohio, comem animais de estimação.

Os haitianos de Springfield receiam represálias, os autarcas locais desmentem os rumores, mas Donald Trump sobe a fasquia, acrescentando geografias.

"E estou zangado por causa dos migrantes ilegais haitianos que se estão apoderar de Springfield, Ohio".

Vindo de Singapura em direção a Roma, o Papa Francisco criticou a politica de deportações e o ataque cerrado de Donald Trump aos migrantes, mas meteu no mesmo saco Kamala Harris. O direito ao aborto, linha de força da campanha da candidata democrata, é, afirma o Papa, um assassínio.

Francisco não vota, mas hão de votar todos os católicos norte-americanos, no próximo dia 5 de novembro, daqui a pouco mais de 50 dias.

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