Economia, imigração, aborto e política externa foram os grandes temas do primeiro debate presidencial norte-americano entre Donald Trump e Kamala Harris. A candidata democrata prometeu uma "economia de oportunidades" com um corte fiscal para famílias jovens e para pequenas empresas. Na opinião de Ricardo Alexandre, "o debate correu muitíssimo bem, não podia ter corrido melhor a Kamala Harris, e bastante mal a Donald Trump".
"Kamala Harris conseguiu parecer uma candidata do futuro, apresentar-se uma candidata do futuro, apesar de estar há quase quatro anos na Casa Branca como vice-Presidente e colar a Donald Trump a imagem de um candidato do passado e com uma narrativa a que não se quer voltar", considera o jornalista da TSF.
Ricardo Alexandre sublinha que a candidata democrata dominou tanto o debate que de Donald Trump não se ouviu uma única proposta, "a não ser a ideia de fechar a fronteira que ela rebateu dizendo que foi ele o responsável por não ter havido o acordo entre os dois partidos que reforçaria a segurança na fronteira".
"Trump insistiu muito nisso na fronteira, nos alegados imigrantes criminosos e depois no facto de conseguir acabar com a guerra em pouco tempo. Ainda antes de ser eleito, foram as únicas coisas que ele disse que se ouviu de propostas, nem mesmo na declaração final, nem aí se conseguiu diferenciar e apresentar uma proposta. Esteve sempre a tentar responder aos ataques de Kamala Harris", destaca.
Em relação ao desempenho da candidata democrata às eleições nos EUA, o comentador aponta um “pecadilho de Kamala Harris, faltou à vice-presidente uma palavra mais elogiosa em relação a Joe Biden, provavelmente não o fez por razões estratégicas”, o que se poderá dever ao facto de querer um "virar de página, avançar para o futuro, juntar os americanos".