Eleições nos EUA

Antigo juiz republicano apoia Kamala para evitar que o “inapto” Trump volte à Casa Branca

J. Michael Luttig, uma importante figura do partido conservador, manifestou o seu apoio à candidatura de Kamala Harris por considerar que Donald Trump, juntamente com o partido Republicano, lançaram uma “guerra contra a democracia na América".

The Washington Post / GettyImages

Rita de Sousa

Há mais um nome na lista de personalidades que manifestaram o seu apoio à candidata democrata, Kamala Harris. Segundo a CNN, desta vez foi J. Michael Luttig, uma importante figura conservadora que teve um papel de destaque em duas administrações republicanas. 

“Na eleição presidencial de 2024, há apenas um partido político e um candidato à presidência que pode reivindicar o manto de defensor e protetor da democracia americana, da Constituição e do Estado de direito", escreveu Luttig num comunicado a que a CNN teve acesso. 

"Por conseguinte, votarei sem hesitação na candidata do partido Democrata à presidência dos Estados Unidos”, acrescentou o antigo magistrado.

“Apoiar a candidatura da vice-presidente é a coisa certa a fazer.”

Foi em 2020, durante as eleições presidenciais, que o antigo magistrado ganhou destaque por ter convencido o então vice-presidente, Mike Pence, a certificar os resultados que deram a vitória a Joe Biden.

Desde então, tem emergido como um proeminente crítico constitucional de Donald Trump que considera que, juntamente com o partido Republicano, lançaram uma “guerra contra a democracia na América".

“Por causa das alegações contínuas e conscientemente falsas do ex-presidente de que ganhou a eleição de 2020, milhões de americanos não têm mais fé e confiança nas nossas eleições nacionais, e muitos nunca mais terão", escreveu Luttig.

Acrescentou ainda que, "muitos americanos - especialmente os jovens americanos, tragicamente - começaram mesmo a questionar se a democracia constitucional é a melhor forma de auto-governo para a América.”

Para J. Michael Luttig, as diferenças partidárias não devem ser consideradas para evitar que  “o singularmente inapto” Trump volte à Casa Branca.

O antigo juiz explica que as opiniões políticas da candidata democrática são "muito diferentes" das suas, mas reconhece que nestas eleições “quaisquer questões que não sejam a democracia americana, a Constituição e o Estado de Direito” são secundárias.

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