Eleições Legislativas

Fernando Araújo não vai assumir lugar de deputado pelo PS

Vai manter-se na Unidade Local de Saúde (ULS) São João e como a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Afirma que é a melhor forma de defender o SNS e abdica do assento no Parlamento.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/Lusa

Rita Carvalho Pereira

Fernando Araújo não vai assumir o lugar de deputado e vai manter-se na Unidade Local de Saúde (ULS) São João. Tinha encabeçado a lista do PS pelo Porto nestas últimas legislativas. 

Numa carta enviada, esta sexta-feira, à comunicação social, o antigo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) começa por agradecer a Pedro Nuno Santos, líder cessante do PS, a confiança que depositou nele e ao partido a abertura para deixá-lo liderar a lista pelo Porto - da qual foram eleitos deputados 11 membros. 

Fernando Araújo defende, no entanto, que a melhor forma de contribuir para o SNS é mantendo-se na profissão. E decide, assim, não assumir o lugar de deputado para o qual foi eleito, nas legislativas do último domingo. 

Após uma reflexão cuidada e uma ponderação pessoal, entendi que a melhor forma de continuar a defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) seria manter-me na ULS São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, como médico e professor universitário, não assumindo, por isso, o lugar de deputado na Assembleia da República, declara. 

O antigo diretor-executivo do SNS acrescenta que participou “com orgulho” na caminhada até às legislativas e promete continuar a lutar onde sentir que pode ser “mais útil”. 

Acredito num SNS com os melhores profissionais de saúde, motivados, com um projeto de vida, e que seja acessível a todos os portugueses, independentemente da condição económica ou estatuto social, orientado exclusivamente pelas suas necessidades clínicas”, conclui. 

O PS obteve, nestas eleições legislativas, o terceiro pior resultado da História do partido e pode mesmo ser ultrapassado pelo Chega enquanto segunda maior força política, quando estiverem contados os votos dos portugueses no estrangeiro. A pesada derrota - que fez com que o partido perdesse quase duas dezenas de deputados - levou à demissão do secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos.

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