Eleições Legislativas

Ventura antecipa "maioria absolutíssima" entre Chega e AD

O líder do Chega mantém a convicção de que o Chega será o partido mais votado e defende que apenas uma vitória do seu partido à direita garantirá estabilidade.

Inês de Oliveira Martins

Francisco Barreto

João Sotto Mayor

Margarida Borges Martins

O líder do Chega considerou esta terça-feira que a vitória da AD - Coligação PSD/CDS-PP nas legislativas de domingo "é uma possibilidade em cima da mesa" e antecipou que os eleitores darão uma "maioria absolutíssima" à direita, com o seu partido.

"Se Luís Montenegro vencer, que é uma possibilidade que está em cima da mesa, se Luís Montenegro vencer, nós não teremos estabilidade nos próximos meses em Portugal", advertiu André Ventura.

Desde o início da campanha eleitoral, o líder do Chega tem-se mostrado convicto de que o seu partido vai ser o mais votado no domingo, recusando até responder sobre eventuais cenários de governabilidade. Questionado se se trata de uma mudança no discurso, André Ventura negou e voltou a repetir que "o Chega vai vencer estas eleições".

"Não mudou nada. A nossa convicção é a mesma, a de que vamos vencer", afirmou, defendendo que, "se o cenário de Luís Montenegro vencer poder ser viável, é um mau cenário para o país" porque, na sua opinião, o líder do PSD "não tem condições para ser primeiro-ministro".

Questionado sobre um eventual entendimento entre PSD e IL, desvalorizou, assinalando que "as sondagens dizem que Chega e PSD terão uma maioria absoluta no parlamento, isso é uma evidência".

"Para nós, Chega, não basta haver maiorias absolutas numéricas, tem que haver maiorias de integridade, tem que haver maiorias de transparência. Não interessa que Chega e PSD vão ter maioria absoluta, como aparentemente vão, segundo todas as sondagens. Maioria, aliás, absolutíssima", disse.

André Ventura assinalou que não é uma "questão de matemática, é uma questão de decência e é uma questão de integridade".

"A questão é que, para nós, não conta só os números, não conta que haja 20 mais 20 ou 30 mais 20. A nossa maioria não é de números, é de integridade, é de decência e é contra a corrupção. Luís Montenegro tem mostrado que não consegue nem ter a integridade, nem a capacidade de lutar contra a corrupção. Isso, para nós, é fatal para uma maioria política", indicou.

O líder insistiu que "só há uma condição de estabilidade, é o Chega vencer à direita as eleições".

O presidente do Chega recusou comentar a entrada na campanha do filho de Luís Montenegro, que é também sócio-gerente da Spinumviva, dizendo que "a mulher e o filho de Luís Montenegro não são objeto desta campanha eleitoral".

 

Com LUSA

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