Eleições Legislativas

CDU quer alcançar mais 100 mil votos do que nas últimas eleições e eleger seis deputados

A CDU quer, pelo menos, igualar o resultado de 2022. Ou seja, alcançar no mínimo mais 100 mil votos do que nas últimas eleições e eleger seis deputados. Paulo Raimundo definiu os objetivos esta manhã, durante uma visita a uma escola em Lisboa, onde foi interpelado por um professor sobre a guerra na Ucrânia.

Catarina Coutinho

Fernando Silva

O secretário-geral do PCP afirmou, esta segunda-feira, em Lisboa que a CDU tem como objetivo mínimo destas legislativas voltar ao resultado das eleições de 2022, com seis deputados eleitos, ao contrário dos quatro conseguidos em 2024.

"Nós, no mínimo, temos o objetivo de voltar aos resultados das eleições anteriores a estas", disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola António Arroio, em Lisboa.

Para o secretário-geral do PCP, a repetição do resultado de 2022 implicaria "sensivelmente mais 100 mil votos" que a CDU não teve em 2024, acreditando que, mesmo assim, este não é um objetivo ambicioso e até "insuficiente" para aquilo que a coligação que junta comunistas e Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) precisa.

Para esse reforço de deputados, Paulo Raimundo aponta para possíveis caminhos, como reforçar o número de deputados no Porto, em Setúbal e reconquistar o deputado perdido em Beja em 2024.

CDU propõe 1% do OE para o setor da Cultura

No dia de campanha da CDU houve também espaço para a Cultura. Em Almada, os artistas foram protagonistas e público. As experiências que partilharam encheram a sala vazia da Academia Almadense.

Paulo Raimundo defendeu que o Estado não tem de estar em tudo, mas deve estar na cultura, sem impor uma estética ou opções, como acontece por via do aperto nos apoios.

"Dizem os liberais que o Estado não tem que meter a mão em nada. E nós dizemos que o Estado não tem que meter a mão em tudo. É um facto. O Estado só tem que meter a mão onde é preciso que o Estado ponha a mão. E se há setor, se há vertente da vida, onde o Estado tem de pôr a mão é na cultura", vincou, no final do encontro onde ouviu os anseios e as preocupações de artistas.

Mas Paulo Raimundo advertiu que essa proposta de serviço público de cultura não implica que "o Estado decida quais são as opções culturais" ou estéticas.

"Não é para isso que serve um serviço público de cultura. Para isso, nós já temos uma política pública de cultura para definir quais são as opções, por via do aperto dos subsídios, por via de 'ou é assim ou não há subsídio', para definir qual é a estética, qual é a arte que se impõe em cada momento", disse.

Entre as propostas da coligação está atribuir ao setor 1% do Orçamento do Estado, e no longo prazo 1% do PIB.

- Com Lusa

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