Eleições Legislativas

O país vai (outra vez) a eleições, mas porquê em maio?

As datas mais prováveis foram antecipadas pelo Presidente antes mesmo do Parlamento ter chumbado a moção de confiança ao Governo: 11 e 18 de maio. Marcelo Rebelo de Sousa deverá anunciar esta quinta-feira a data escolhida, mas porque apontou o chefe de Estado para maio? Martim Silva ajuda a perceber.

Martim Silva

O Governo caiu e, havendo “outras opções” que não eleições antecipadas, estão completamente descartadas. O país vai novamente a eleições e o Presidente da República já apontou duas datas prováveis: 11 e 18 de maio.

Marcelo Rebelo de Sousa ouve esta quinta-feira o Conselho de Estado, reunião que está marcada para as 15h00, e anunciará depois a data para a realização das eleições legislativas antecipadas.

Mas Marcelo já tinha antecipado este cenário de queda de Governo e, na altura, defendeu que o processo deveria ser realizado “o mais rapidamente possível”, tendo apontado 11 e 18 de maio como as datas mais breves.

A explicação é simples. A dissolução da Assembleia da República deverá acontecer ao final do dia desta quinta-feira, sendo que eleições só podem ocorrer 55 dias após - o que vai calhar exatamente no período mencionado pelo Presidente.

E junho? Não seria hipótese? A opção parece estar fora de questão, já que junho é um mês de vários feriados e muitas hipóteses de ponte. Tal cenário tornaria “qualquer domingo arriscadíssimo para a participação nas eleições”, aponta Martim Silva, da SIC.

Perante este cenário, as datas de maio serão então as mais prováveis. Mas há uma nota importante a fazer: caso o Presidente opte por 11 de maio - a data mais defendida entre os partidos - havendo o habitual período de debates televisivos na quinzena que antecede a campanha, estes debates vão cair em cima da Páscoa.

Nota ainda para um “picante político adicional”: é que o Parlamento decide para a semana se faz ou não a sessão especial do 25 de Abril. A data vai ‘cair’ a meio da campanha e vai dar “muita discussão”.

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