Eleições Legislativas

“O resultado natural destas eleições é a vitória da AD”: a convicção de Passos Coelho no regresso aos holofotes

O segundo dia da campanha para as legislativas de 10 de março 'aqueceu' durante a tarde, quando o líder da AD anunciou, numa ação de campanha em Beja, a presença de Pedro Passos Coelho no comício da coligação em Faro, esta noite.

Daniela Tomé

Como anunciado durante a tarde, Pedro Passos Coelho juntou-se, pela primeira vez, a Luís Montenegro na sua agenda política para as eleições legislativas. Ambos estiveram esta segunda-feira em Faro num comício da Aliança Democrática (AD).

O segundo dia da campanha para as legislativas de 10 de março 'aqueceu' durante a tarde, quando o líder da AD anunciou, numa ação de campanha em Beja, a presença de Pedro Passos Coelho no comício da coligação em Faro, esta noite.

Quando subiu ao palco, o ex-líder do Partido Social Democrata (PSD) começou por saudar e agradecer o trabalho demonstrado por Luís Montenegro enquanto foi líder parlamentar do governo de Passos Coelho.

“A minha presença aqui não é mais do que procurar retribuir o enorme apoio de Luís Montenegro”, disse Pedro Passos Coelho.

No comício da AD, o ex-primeiro-ministro vincou “que os tempos hoje são diferentes, mas exigem de todos a mesma disponibilidade quando os enfrentamos”.

“Espírito da AD faz-nos recuar a 1979”

Ao longo do seu discurso, fez uma menção a Francisco Sá Carneiro, quando em 1979 fundou o PSD “e foi uma pessoa essencial à formação da AD”.

“Dizia ele à época que Portugal era um país em que os velhos não tinham presente, e os novos não tinham futuro. E a AD que ele criou, com o líder do CDS, visava justamente oferecer uma confiança e um carácter reformista que desse esperança no futuro”, disse Passos Coelho sobre Sá Carneiro.

Acrescentou que “neste momento há problemas sérios” que aguardam resolução, “seja na área da saúde, do ensino, da educação, seja da segurança”, relembrando o seu discurso em 2016 em que disse “que precisamos de ter um país aberto à imigração, mas também um país seguro”.

“Nesta altura o mais importante de tudo é ter uma atitude reformista. Não são os governos que mudam, são as pessoas que o mudam”, afirmou.

“Se queremos alguma coisa diferente, temos de fazer diferente”

Sobre o crescimento económico, o antigo primeiro-ministro disse: “Fomos nos primeiros a entrar [na União Europeia] e não tarda estaremos na cauda da Europa, do bem-estar, do progresso e do desenvolvimento. Se queremos alguma coisa diferente, temos de fazer diferente".

“Não tarda estaremos a discutir quão mais próximo estará o salário mínimo do salário médio. qualquer dia estaremos todos nivelados por baixo a distribuir a pobreza, quando aquilo que interessa é poder distribuir aquilo que se produz”, frisou acrescentando que é preciso "apostar no potencial".

Sobre os estudantes, afirmou que é necessário ter “pessoas que pensem pela própria cabeça”, focando a necessidade de desenvolvimento do pensamento crítico.

Pedro Passos Coelho, que liderou o PSD entre 2010 e 2018, chegou a pé com o atual presidente do partido, Luís Montenegro, à Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve.

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