Eleições Legislativas

Quem viabiliza quem? A pergunta que marca o arranque da campanha eleitoral

Ao passo a que Luís Montenegro continua sem responder, mas mantém o "não é não", os eventuais recuos de Pedro Nuno Santos continuam a manter o debate aceso.

Catarina Terroso

Carlos Craveira

Vai arrancar oficialmente a campanha eleitoral e está visto que começa ao som do tema: Quem viabiliza o governo de quem? Todas as sondagens indicam que terá de ser assunto a ter muito em conta pelos partidos.

Luís Montenegro afirma que “o voto de protesto é legítimo”, mas “não muda o Governo”.

"O voto de protesto beneficia o infrator, beneficia o PS. Chega, eu não tenho medo da palavra . Chega de um país que quer nivelar tudo por baixo. Chega. E, já agora, chega de um lado e chega do outro", diz o líder do PSD e cabeça da Aliança Democrática (AD).

Ainda não chega é de perguntas, sem uma resposta concreta do Montenegro, que mantém o não é não e levanta a bandeira do voto útil.

No entanto, os eventuais recuos de Pedro Nuno Santos, desde o frente a frente com o PSD, continuam a manter o debate da governabilidade aceso.

Francisco Assis reforça posição

Se Pedro Nuno Santos parece estar numa espécie de para-arranca sobre uma viabilização dum eventual governo minoritário da AD, há quem, dentro do PS, venha clarificar a questão.

"No caso de haver uma vitória da Aliança Democrática, o Partido Socialista não votará, nem promoverá, nem votará nenhuma moção de rejeição. Essa foi a posição que foi assumida e é a que tem sido mantida. É uma posição que eu considero correta e que revela um sentido de responsabilidade muito grande", frisa Francisco Assis.

Mas há também quem recomende explicações sobre um futuro governo à esquerda.

Já a pensar depois das eleições, António José Seguro defende que os partidos devem acertar agulhas e deixar de lado a "cultura de trincheira" que tem minado o diálogo e o respeito entre os candidatos.

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