O presidente do PSD, Luís Montenegro, disse esta quarta-feira que o seu principal opositor não tem autoridade moral para falar de bagunça, insistindo ainda que o Governo de António Costa caiu devido à “bagunça interna”. Pedro Nuno Santos tinha acusado a direita de ser uma "bagunça" e o seu principal adversário nas eleições de 10 de março, Luís Montenegro, de não ser capaz de liderar o seu campo político.
"Acho que o dr. Pedro Nuno Santos, em vez de falar das pseudo bagunças dos partidos, devia olhar para a sua esclarecida, mais do que demonstrada, bagunça interna", afirma o líder do PSD.
Luís Montenegro questiona “que autoridade moral tem Pedro Nuno Santos para falar de bagunça”.
“O dr. Pedro Nuno Santos foi demitido, embora tenha apresentado um pedido de demissão do Governo, ele e mais 14 com ele, durante dois anos num Governo de maioria absoluta”, acrescenta.
"Pedro Nuno Santos está a tentar desesperadamente criar factos, mas é tão confuso que se atrapalha a si próprio", conclui.
As acusações de Pedro Nuno Santos à “direita”
"Há uma certeza que nós temos, o PS conseguirá proporcionar ao país estabilidade, estabilidade política. A direita não pode dizer o mesmo: Luís Montenegro não é capaz de liderar o seu campo político, Luís Montenegro não consegue liderar a direita em Portugal", sublinhou.
Discursando num comício em Faro, na terça-feira à noite, o líder dos socialistas acusou a direita de ser uma "bagunça", acrescentando que, caso fosse eleita, poderia ter consequências na estabilidade económica e social do país, na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e na imagem externa de Portugal.
"André Ventura quer Luís Montenegro, Luís Montenegro prefere Rui Rocha, Luís Montenegro e Rui Rocha não querem André Ventura. A direita é a bagunça, só que essa bagunça teria consequências em Portugal se por acaso eles tivessem a vitória", afirmou.
“Só sou primeiro-ministro se for eleito”
Luís Montenegro já tinha que o PS já sabe que vai perder as eleições e é por isso que admite viabilizar um governo da AD.
“Vou, até ao dia 8 de março, aproveitar todas as possibilidade que tenho de interagir, de interagir e falar com os portugueses, com o objetivo de ter o mais número de votos, que nos garanta uma boa vitória eleitoral e condições de governabilidade”, afirma Luís Montenegro.
O líder social democrata reforça ainda a tese de que só aceita ser primeiro-ministro se vence as eleições.
“Aquilo que os outros vão fazer é com os outros. A mim move-me ganhar as eleições, ganhando as eleições ser primeiro-ministro”, frisando que já desde janeiro de 2017 que só aceitava ser primeiro-ministro se ganhasse as eleições.