Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, e Luís Montenegro, líder do PSD, vão estar frente a frente, esta segunda-feira, no último debate entre os líderes dos partidos com assento parlamentar. Paulo Baldaia lembra que quem vencer o debate poderá ir com “mais confiança” para a campanha eleitoral.
“A postura de cada um e aquilo que transmitem para o telespectador, para lá das ideias que vão defender, é muito importante para ganhar o perder o debate”, afirma o jornalista do Expresso, sublinhando que a “maneira convicta ou não como defendem as propostas” terá também um impacto na avaliação dos dois candidatos.
Paulo Baldaia considera que Luís Montenegro chega em vantagem a este frente a frente, mas não descarta que as “expectativas criadas” sobre o líder do PSD possam ser jogar a favor de Pedro Nuno Santos.
“Chegámos a esta campanha com Pedro Nuno Santos claramente favorito para ganhar as eleições e também a sequência de debates e a campanha eleitoral, mas o que temos visto é o contrário”, afirma. E prossegue: “Luis Montenegro chega em melhores condições, mas não pode dormir na fórmula se quer ganhar o debate.”
A expectativa do comentador é que este debate seja “equilibrado”. “É decisivo para a forma como cada partido vai para a campanha. A dinâmica, o animo como que a máquina partidária vai para a campanha depende muito dos debates todos, mas sobretudo deste”, sublinha Paulo Baldaia.
Em jeito de análise aos debates que já aconteceram, o jornalista do Expresso considera que estes momentos “serviram mais para mobilizar ou desmobilizar” pessoas que já tinham decidido o seu voto do que para cativar indecisos. Acredita que a campanha de rua “será mais importante para mobilizar” este grupo de eleitores.
“É verdade que há uma grande fatia de indecisos e estes debates serviram para alguma coisa”, afirma, acrescentando que os debates “deram uma ideia do que cada um dos partidos defende, mas não mostraram às pessoas a solução” para os problemas do país.