Eleições Legislativas

A casa e a avó: "É preciso que a Mariana Mortágua saiba explicar o caso"

O debate na SIC Notícias entre Rui Tavares e Mariana Mortágua foi cordial, mas também uma "oportunidade perdida", segundo os comentadores da SIC. A coordenadora do BE e a sua explicação sobre a avó foram poucas ou suficientes?

Ângela Silva

Bernardo Ferrão

Ricardo Costa

Sebastião Bugalho

Após o debate entre os partidos semelhantes Bloco de Esquerda e Livre esta quinta-feira , o painel de comentadores da SIC Notícias escrutinou e analisou a posição que ambos os líderes tiveram durante o frente a frente, nomeadamente nas medidas da habitação, onde Mariana Mortágua voltou a não esclarecer o caso pessoal da sua avó que mencionou no anterior debate.

Para Ricardo Costa, tanto Mariana Mortágua como Rui Tavares não aproveitaram a oportunidade para brilhar durante 30 minutos televisivos, onde podiam ter agarrado eleitorado.

“Neste ciclo de debates a presença na televisão é importante, são trinta minutos de grande visibilidade e hoje os dois perderam um pouco a oportunidade. Para além de haver muitos indecisos, uma das coisas que os faz decidir podem ser os debates, hoje não sei se terão conseguido acordar algum indeciso da sesta, e outra questão é a participação. Quando se cai nalguns debates mais sem história, os candidatos não estão a contribuir para que haja uma taxa de participação elevada”, analisou.

Sebastião Bugalho, comentador SIC, concordou e foi mais longe ao dizer que ambos os líderes de esquerda “não conseguiram um voto de defesa perante o apelo ao voto útil de Pedro Nuno Santos”.

Mas, para isso, segundo Ângela Silva do Expresso, “têm de criticar o Partido Socialista e não conseguem”.

A avó de Mariana Mortágua

Para Ricardo Costa, a líder do Bloco de Esquerda foi clara esta quinta-feira a respeito do caso pessoal que utilizou no último debate com Luís Montenegro, sobre despejos e a própria avó.

Ao contrário de Bernardo Ferrão.

"A questão não é da avó. A questão é perceber o que significa aquele caso que está envolto numa lei, a lei Cristas, e foram várias perguntas feitas neste debate e a Mariana Mortágua não esclarece tudo. Não percebes a idade da avó, se recebeu cartas, qual era o enquadramento legal, se recebia mais ou menos 2.500 euros. Eu não estou especialmente interessado no caso da avó, mas quando um político traz um caso destes para cima da mesa, porque há muita gente a sofrer com o preço das casas, é preciso que a Mariana Mortágua saiba explicar o caso e dar todos os dados do caso", explicou Bernardo Ferrão.

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