Eleições Legislativas

"Quem quer casar com o PAN?"

O debate entre a CDU e o PAN foi visto pelos comentadores da SIC como uma luta de sobrevivência, em que ambos precisam de falar com os seus eleitores. O PAN pouca identidade tem, o PCP precisa de revitalizar o partido sem o "carisma" de Jerónimo de Sousa.

Bernardo Ferrão

Sebastião Bugalho

Paulo Baldaia

Pedro Marques Lopes

A análise após o debate entre a CDU e o PAN foi travada entre Bernardo Ferrão, Pedro Marques Lopes, Paulo Baldaia e Sebastião Bugalho, que trocaram ideias sobre as frágeis posições de cada partido, que, no fundo, lutam pela sua sobrevivência no Parlamento.

Após o debate entre Paulo Raimundo e Inês Sousa Real, os comentadores da SIC analisaram as intervenções dos dois líderes partidários à luz da sua posição um pouco ou tanto fragilizada tendo em conta a sua manutenção - ou até mesmo sobrevivência - na Assembleia da República.

Para Bernardo Ferrão, Inês Sousa Real está num momento fragilizado e o PAN parece sem rumo.

“Pelo meu fraco entusiasmo em relação à Inês Sousa Real, ela tem hoje um texto que não é fácil para ela, que é do anterior líder do PAN, André Silva, o título é complicado “o PAN deixou de me representar”, mas ele diz algo acertado, o PAN tornou-se um partido sem grande identidade, um partido plástico, quase da carochinha, de quem quer casar com o PAN? Já nem a agenda dos animais e ambiente consegues encontrar no PAN, é uma agenda de um partido que está pronto a entrar no carro de quem está no poder. A Inês Sousa real tem sempre a mesma conversa, não me convence muito. Está muito preparada e domina os processos, mas como partido e alternativa não acho que seja muito interessante", disse.

Pelo contrário, Bernardo Ferrão considera que Paulo Raimundo, “sendo de um partido que está com muitas dificuldades” precisa de “salvar o PCP”, com a agravante de ter “herdado o poder de alguém tão carismático como o Jerónimo de Sousa”.

Para Pedro Marques Lopes, “o PAN tem uma capacidade de se adaptar bastante especial” e não considera que o frente a frente entre CDU e PAN seja “Um debate”, mas mais uma “conversa que cada um dos protagonistas tem com os seus eleitores potenciais”.

Eu dei nota inferior ao Paulo Raimundo por isso, porque ele está a lutar pelos seus típicos eleitores. O PAN deixou de ter bandeiras e acontece muito a este tipo de partidos que começa comum núcleo quer se alargar e perde o foco”, realçou.

Na perspetiva de Paulo Baldaia, “o PAN quer manter o deputado que tem, mas não se prevê que o PAN possa ser suficiente para poder resolver a esquerda”.

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