Depois da reunião com o primeiro-ministro, Rui Rio explicou alguns dos tópicos abordados e abordou a decisão do Tribunal Constitucional em repetir o ato eleitoral nas mesas de voto, no estrangeiro, onde se misturaram votos válidos e inválidos, relativamente às legislativas de 30 de janeiro.
Começa por explicar que “as divergências [entre PS e PSD] ficaram expostas na campanha eleitoral” e que “o PS tem maioria absoluta e vai fazer o seu programa”, pelo que, até maio de 2024, “haverá estabilidade governativa”, o que poderá ajudar a “revisões constitucionais, à reforma do sistema eleitoral, à alteração da lei autárquica e à descentralização”.
Sobre a decisão do Tribunal Constitucional em repetir o ato eleitoral nas mesas de voto onde surgiram irregularidades, esta “assenta precisamente na ideia de que os votos que não estavam acompanhados de Cartão de Cidadão eram nulos, não contavam”.
“Como misturaram com os outros [votos], agora não se sabe qual é qual, e teve a urna de ser anulada”, acrescenta.
Rui Rio refere que “a decisão do Tribunal Constitucional veio-nos [ao PSD] dar razão” e que “o texto da lei é claro”.
“Os responsáveis por isto tudo não são quem meteu o cartão de cidadão junto com os votos, são aqueles que misturaram os votos com dolo, propositadamente”, defende o líder social-democrata.