Os resultados eleitorais definitivos a respeito dos votos dos emigrantes só serão conhecidos na próxima terça-feira. Na última madrugada, mais de 80% dos votos do círculo europeu e quase 3% fora da Europa foram anulados. O comentador da SIC, Paulo Baldaia, acredita que estas situações acontecem porque os partidos políticos “não tratam com respeito os eleitores” e reforça que a lei eleitoral já devia ter sido alterada.
Paulo Baldaia recorre ao que aconteceu em 2019, em que foram anulados 39 mil votos, para explicar que este é um problema que se arrasta há algum tempo.
“Houve muitos votos que chegaram para contagem, que não eram acompanhados de uma garantia de que era aquele cidadão que estava a votar”, indica.
Questionado sobre a necessidade de mudar a lei eleitoral, Paulo Baldaia adianta que isso “já devia ter acontecido há muito tempo” e acrescenta que “há facilidade de encontrar um processo que permita aos emigrantes portugueses votarem”.
Mais de 157 mil votos, a quase totalidade de todos os votos registados nas últimas legislativas foram anulados na última madrugada.
A dificuldade de contagem de certas mesas, que juntaram nas urnas os votos com e sem identificação, acabou por levar à anulação da totalidade dos votos.
O PS tenciona recorrer junto do Tribunal Constitucional da decisão da mesa da Assembleia de apuramento geral de anular os votos recolhidos em mesas que juntaram votos válidos com votos considerados nulos por não virem acompanhados de cópia do cartão de cidadão do eleitor.
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