"Eles fizeram explodir três das torres funerárias, aquelas que estavam mais bem conservadas, as mais belas", indicou, depois de o EI ter destruído, nas duas últimas semanas, dois dos mais importantes templos de Palmira.
"Recebemos informações há dez dias, mas só agora conseguimos confirmar a informação (...) através de imagens por satélite da Syrian Heritage Initiative, um instituto com sede nos Estados Unidos, que foram obtidas na quarta-feira", explicou o diretor de antiguidades e museus do Ministério da Cultura sírio.
Na opinião deste especialista, os monumentos destruídos são os túmulos de Elahbel, Jamblique e Khitôt "construídos por famílias da antiga Palmira e que eram um símbolo do desenvolvimento económico da cidade durante os primeiros séculos depois de Cristo".
"Palmira é conhecida pelas torres funerárias, que são características da arquitetura da cidade", lembrou Abdulkarim.
O EI, que aproveitou a guerra civil para ocupar grandes áreas da Síria, derrotou as forças governamentais sírias e conquistou Palmira, a 205 quilómetros a leste de Damasco, em 21 de maio.
A 23 de agosto, os 'jihadistas' destruíram com explosivos o templo de Baal-shamin em Palmira. Alguns dias antes, executaram o ex-responsável pelo património da cidade Khaled al-Assaad, de 82 anos.
No domingo, o EI destruiu o templo de Bel, "o mais belo símbolo de toda a Síria", de acordo com Abdulkarim.
A "pérola do deserto", como é apelidada esta cidade com mais de dois mil anos, tem grande importância estratégica para o grupo radical.
Lusa