Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, revelou esta terça-feira à noite na SIC Notícias que está disponível para uma geringonça à direita depois das eleições legislativas. Já sobre a moção de confiança, diz que votou a favor para evitar uma crise política.
Em entrevista na Edição da Noite, o líder da IL explica que o partido votou a favor da moção de confiança pelo "compromisso com os portugueses". Apesar do que se viu nas últimas semanas e esta terça-feira no Parlamento ter sido um "mau exemplo" do que deve ser a política, a Iniciativa Liberal quis evitar uma crise:
"Entendemos que era um péssimo momento para envolver Portugal numa crise política", afirma.
Rui Rocha, que classificou esta terça-feira como "degradante", conta que chegou a apresentar um plano a Luís Montenegro, quer seria a "única forma" de resolver a polémica: pedir desculpa aos portugueses, dar explicações sobre a empresa de família e encerrar a mesma. Plano que o primeiro-ministro decidiu não seguir, avançando para a moção de confiança que foi, esta terça-feira, chumbada.
IL avança para eleições sozinha mas...
Já esta terça-feira à noite, a IL anunciou que vai avançar para as eleições legislativas sem coligações, contudo, na SIC Notícias, o presidente do partido diz estar disponível para arranjar uma solução governativa para o país, ou seja, negociar um acordo de incidência parlamentar.
Ficou "sempre muito claro" que a IL se apresentaria nas legislativas "autonomamente", apresentando ideias para uma fase de "regeneração da cultura partidária", garante Rui Rocha.
Apesar de descartar uma coligação pré-eleitoral e de garantir que "nunca viabilizará" uma solução liderada pelo Partido Socialista, admite negociar um acordo de incidência parlamentar, desde que crie "políticas muito mais ambiciosas".
Uma possível coligação tem de ter três pilares, reitera o liberal: ambição, exigência e responsabilidade.
Rui Rocha, que vai propor eleições legislativas a 11 de maio por considerar que é preciso uma solução "o mais cedo possível", faz ainda um apelo aos portugueses: confiem que é possível fazer política de forma "série e responsável".