Crise Migratória na Europa

"É vergonhoso": deputado diz que situação de migrantes em Itália é "uma caça às bruxas"

Governo de Meloni encerrou os portos a todos os migrantes que se encontrem em situação irregular.

SOS Humanity

SIC Notícias

Um navio com 179 pessoas estava retido na Sicília, em Itália, há vários dias, mas as mulheres, crianças, idosos e doentes foram agora autorizados a entrar no país.

A nova política de imigração do governo italiano tem impedido migrantes em situação irregular de entrarem no país. Essa medida é responsável por quase mil migrantes estarem ao largo de Itália, há mais de uma semana, à espera para receberem autorização para entrarem no país.

No domingo, Itália ordenou ao “Humanity 1” - uma das embarcações atracadas na Sicília - que desocupasse o porto de Catânia, após o desembarque de 144 dos 179 migrantes resgatados, incluindo mais de 100 crianças não acompanhadas e pessoas com emergências médicas.

Contudo, o capitão recusou-se a cumprir a ordem "até que todos os sobreviventes resgatados do perigo do mar tenham sido desembarcados", disse a SOS Humanity, a instituição de caridade alemã que opera o navio, uma vez que o mesmo permaneceu atracado no porto ainda com 35 imigrantes a bordo.

Em reação a esta situação, um deputado italiano, Aboubakar Soumahoro, apelou ao Governo italiano para que receba os migrantes que ainda se encontram no porto siciliano.

Descreveu estes bloqueios como “vergonhosos" e acrescentou que a coligação de Meloni está a travar uma “caça às bruxas”, como modo de distração para outros problemas, tais como, o aumento dos custos da energia.

Afirmou que “a culpa” daqueles que chegam a Itália via mar é “falar outra língua” e “terem uma cor de pele diferente”, e que por esses motivos não lhes é prestado o devido auxílio.

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