O comboio, que partiu da gare Keleti às 11:18 locais (10:18 em Lisboa), divide-se a meio caminho em duas composições - uma com destino vai para Szombathely e outra a Sopron, duas cidades fronteiriças do noroeste da Hungria.
"O importante é sair de Budapeste. Depois irei a pé ou de qualquer outra maneira para a Áustria", disse um dos jovens que conseguiu embarcar, Gaser, à agência EFE.
Estação de Keleti reaberta
A gare foi reaberta hoje, depois de ter estado fechada pelas autoridades durante dois dias. Segundo o relato de um jornalista da agência francesa France Press, a entrada principal foi reaberta pelas 08:15 (06:15 GMT) e centenas de migrantes invadiram aquela estrutura em direção a um comboio que está numa das plataformas.
Desde terça-feira transata que as forças de segurança húngara estavam a bloquear a entrada da estação ferroviária, onde mais de dois refugiados aguardam acampados nas redondezas com o objetivo de poder partir de comboio rumo ao oeste da Europa.
Assim que a polícia de segurança desbloqueou esta manhã a entrada principal da estação Keleti, os refugiados lançaram o caos empurrando-se para tentar entrar no comboio que supostamente os levaria à Áustria e Alemanha
A Hungria é um ponto de chegada chave para dezenas de milhares de migrantes que entram na União Europeia. Em agosto entraram cerca de 50.000 naquele país.
Na segunda-feira passada, a Hungria permitiu que vários milhares de migrantes embarcassem nos comboios com destino a Áustria e a Alemanha, mas no dia seguinte, a estação Keleti foi fechada a ninguém sem um passaporte da União Europeia ou de um visto válido pode viajar.
A polícia austríaca estimou, na terça-feira, que mais de 3.650 imigrantes passaram na segunda-feira pela estação Oeste de Viena (Westbahnhof) a caminho da Alemanha.
A maioria dos migrantes não querem ficar na Hungria, mas sim seguir para países mais ricos da Europa, como Áustria ou Alemanha.
A Hungria, que faz parte do espaço de livre-trânsito comunitário Schengen, referiu que desde o início do ano chegaram mais de 15.000 imigrantes ao seu território.
Com Lusa