A decisão faz parte da estratégia da Pfizer de aumentar a produção global do comprimido, paxlovid, que se mostrou quase 90% eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes com alto risco de doença grave, de acordo com dados de ensaios clínicos.
O investimento envolverá inicialmente a produção da substância farmacêutica ativa para paxlovid numa fábrica administrada pelo grupo farmacêutico francês Novasep, disse a Pfizer, observando que mais instalações da Novasep serão adicionadas no próximo ano.
“A Novasep produzirá a substância para uso na nossa rede de fabrico, que deverá contribuir para o esforço geral de produzir 120 milhões de doses de tratamento em 2022”, acrescentou.
O medicamento obteve aprovação do regulador de medicamentos dos EUA em dezembro e está a ser avaliado para possível autorização na União Europeia.
A Pfizer disse que espera que a fábrica da Novasep em Mourenx, no sudoeste da França, seja incorporada à sua cadeia global de fornecimento de paxlovid no terceiro trimestre deste ano, com a produção a ser expandida para incluir outras instalações da Novasep em 2023, disse um porta-voz.
A Novasep confirmou o cronograma de produção, acrescentando que as atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos na fábrica de Mourenx começarão imediatamente, com a empresa a planear recrutar mais de 40 funcionários.
A Pfizer, que disse ser muito cedo para fornecer projeções para a produção da Novasep, acrescentou que outros locais também estão a ser usados para o fabrico de paxlovid, inclusive na Irlanda e na Itália.
Parte dos 520 milhões de euros será também destinada à pesquisa na França, incluindo parcerias com empresas de biotecnologia, segundo a Pfizer, que se recusou a detalhar os investimentos em pesquisa e fabrico neste país.