Coronavírus

Surtos de covid-19 "predominantemente nas escolas", mas situação é menos grave que há um ano

A ministra da Saúde recorda que os surtos "há um ano eram concentrados sobretudo" em lares.

MIGUEL A. LOPES

SIC Notícias

A maioria dos surtos regista-se em escolas, neste momento estão ativos 338 em estabelecimentos de educação e ensino dos setores público e privado - escolas, ensino superior, creches e demais equipamentos sociais.

A Ministra da Saúde explica que a situação nas escolas está relacionada com o facto da "população escolar, até aos 11 anos, ser uma população não vacinada". Marta Temido entende que a situação é menos grave do que há um ano, quando a maior parte dos surtos se concentrava nos lares.

"Hoje encontramos os surtos predominantemente na escolas. Há um ano (...) os surtos eram concentrados sobretudo nas estruturas residenciais para idosos."

Marta Temido volta a reforçar que as "crianças têm maioritariamente uma doença menos grave" e que o Governo "está a acompanhar aquilo que poderá ser a evolução sobre a decisão de vacinação". Até ao final desta semana, a ministra diz que a DGS poderá divulgar informação sobre o assunto.

No total, esta semana existe um total de 564 surtos ativos em Portugal, segundo a Direção-Geral da Sause (DGS). Na segunda-feira Portugal continental registava, para além dos 338 surtos em escolas, 44 em lares e 16 em instituições de saúde.

Do total de surtos ativos no início da semana, a maioria (280) localiza-se na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), seguida da ARS Norte (119), ARS centro (102) e ARS Algarve (35). Na ARS do Alentejo registavam-se 28 surtos ativos.

A ministra refere que Portugal está numa "altura de crecimento do número de casos", explicando que os número de que Graça Freita apontou para o Natal são as estimativas mais recentes.

Em entrevista à RTP, na última quarta-feira, Graça Freitas admitiu que poderá haver uma duplicação dos novos casos dentro de 26 dias, chegando às oito mil infeções diárias.

Quanto à disponibilidade testes à covid-19, Marta Temido refere que provavelmente durante o próximo fim de semana haverá reposição de stock.

Tem havido dificuldades para marcar testes gratuitos de antigénio nas farmácias e laboratórios aderentes, que não têm conseguido dar resposta à elevada procura. O Governo quer por isso alargar a comparticipação a outros estabelecimentos.

Últimas