Coronavírus

Covid-19. Cáritas Internacional e Vaticano pedem à ONU distribuição equitativa das vacinas

A Cáritas Internacional e o Vaticano pedem para se "abordar a questão do acesso às vacinas como um problema de segurança global".

Amanda Perobelli

Lusa

SIC Notícias

A Cáritas Internacional e o Vaticano pediram hoje às Nações Unidas uma distribuição equitativa das vacinas e que convoque uma reunião do Conselho de Segurança para "abordar a questão do acesso às vacinas como um problema de segurança global".

A informação foi hoje avançada pelo Vatican News e pela agência ECCLESIA.

Numa declaração conjunta, o prefeito do Dicastério Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e o presidente da Cáritas Internacional pedem o direito de vacinação para todos nesta pandemia, sobretudo os mais desfavorecidos.

Os cardeais Luis Antonio Tagle (presidente da Cáritas Internacional) e Peter Turkson (prefeito do referido Dicastério Vaticano) fazem um apelo ao Conselho de Segurança da ONU para que convoque uma reunião extraordinária.

O apelo dirigido às Nações Unidas e à Comunidade Internacional propõe que a dívida dos países pobres seja revista e investida em infraestruturas de saúde pública e afirma a necessidade de proteger os que estão "mais expostos ao vírus".

"Os pobres, as minorias, os refugiados, os marginalizados são os mais expostos ao vírus. Cuidar deles é uma prioridade moral porque abandoná-los coloca em risco a comunidade global. O nosso bem-estar coletivo depende de como nos importamos com os últimos", afirma um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

No documento é ainda referido que "no mundo interconectado, as vacinas devem ser disponibilizadas de forma equitativa" sendo lançado um apelo aos políticos para "olharem além dos interesses das suas nações e grupos políticos".

"Abordar a questão das vacinas numa perspetiva de uma estratégia nacional estreita pode levar a uma falha moral no atender às necessidades dos mais vulneráveis em todo o mundo", sublinham.

Os responsáveis sugerem ainda o envolvimento de "atores locais" no combate à pandemia, nomeadamente organizações ligadas à Igreja católica que "têm as estruturas básicas e o contato necessário com as pessoas mais vulneráveis, como migrantes, deslocados internos e marginalizados".

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