Coronavírus

Covid-19. Quem já foi infetado só precisa de uma dose da vacina 

É a conclusão de dois estudos diferentes realizados nos Estados Unidos.

Ueslei Marcelino

SIC Notícias

Dois estudos revelam que quem já esteve infetado com o novo coronavírus, só precisa de uma dose da vacina contra a covid-19.

A conclusão é de dois estudos diferentes, realizados nos Estados Unidos da América, com pessoas com e sem infeção prévia pelo novo coronavírus.

A investigação conclui que quem já tinha sido contagiado apresentou mais anticorpos com apenas uma dose da vacina do que a população em geral que recebeu as duas tomas da imunização.

Os dados ainda são preliminares, mas ambos os estudos demonstram que quem já foi infetado precisa apenas de uma dose das vacinas que utilizam moléculas sintetizadas de RNA mensageiro - como a da Pfizer e a da Moderna -, para desenvolver anticorpos.

Os profissionais de saúde serviram de base ao primeiro estudo e, após a primeira toma, o grupo de participantes que já tinha tido covid-19 apresentou uma quantidade de anticorpos "bastante mais alta" do que os colegas que receberam as duas injeções da vacina.

O segundo estudo contou com mais de 100 pessoas, com e sem infeção prévia. Mais uma vez, a imunidade foi muito mais robusta em quem já tinha sido infetado, com 10 a 20 vezes mais anticorpos neutralizantes do que a população que ainda não tinha sido contagiada pelo novo coronavírus.

De acordo com a Bloomberg, já foram administradas 4.540.345 doses de vacinas em todo o mundo. Em Portugal, terão sido administradas 364.211 doses.

Universidade de Oxford investiga hipótese de se misturar vacinas diferentes contra a covid-19

A Universidade de Oxford lançou um estudo para determinar se misturar duas doses de diferentes vacinas contra a covid-19 mantém a eficácia de proteger a população ou até mesmo confere uma maior proteção contra o SARS-CoV-2.

O principal objetivo é o de conseguir uma maior flexibilidade nos planos de vacinação nacionais de forma a fazer frente a uma eventual interrupção do fornecimento, no caso de apenas uma vacina estar disponível ou se não se souber qual foi dada na primeira dose.

"Se conseguirmos provar que as vacinas podem ser usadas alternadamente, tal aumentará muito a flexibilidade da sua distribuição", explica em comunicado o investigador de Oxford responsável pelo ensaio, professor Matthew Snape.

Os cientistas têm boas razões para acreditar que esta abordagem pode ser benéfica - por exemplo, alguns programas de imunização contra o Ébola envolvem a mistura de diferentes vacinas para melhorar a proteção.

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