Coronavírus

INEM faz pré-triagem das ambulâncias em fila de espera no Hospital Santa Maria

Os casos que não justifiquem acesso à urgência hospitalar serão enviados para o Centro de Saúde de Sete Rios ou de Odivelas.

TIAGO PETINGA

SIC Notícias

Lusa

A fila de ambulâncias tem sido uma constante no Hospital Santa Maria, em Lisboa, e na noite desta quinta-feira chegou a haver 40 veículos em fila.

Esta sexta-feira uma equipa do INEM, acompanhada por uma equipa da Proteção Civil, começou a fazer uma pré-triagem das situações e, todos os casos que não justifiquem o acesso à urgência hospitalar serão enviados para os Centro de Saúde de Sete Rios e de Odivelas. Segundo o hospital, cerca de 15% dos doentes em ambulâncias que chegam ao Santa Maria não são urgentes, o que eleva a pressão nesta unidade.

A pré-triagem dos doentes foi anunciada na quinta-feira, pelo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Daniel Ferro.

As filas de ambulâncias já começaram a diminuir e o repórter Cláudio França explica como está a situação no exterior do Hospital Santa Maria na tarde desta sexta-feira.

A médica Fátima Rato explica como decorre o processo.

Hospital de Santa Maria com cerca de 60 doentes à espera de internamento

A diretora das urgências do Hospital de Santa Maria, Anabela Oliveira, revelou esta sexta-feira ao início da tarde, que se encontram 60 doentes à espera de internamento, admitindo que a unidade hospitalar está "sobrelotada" há alguns dias.

"Neste momento, em que estamos a falar, temos cerca de 60 doentes para internar", afirmou a profissional de saúde aos jornalistas, junto ao maior hospital do país.

De acordo com Anabela Oliveira, o Hospital de Santa Maria não tem "qualquer controlo" sobre os doentes que lhe são enviados, porque não é feito nenhum contacto com os médicos e chegam às urgências sem serem referenciados.

"Nós não sabemos se os doentes que estão nas ambulâncias são doentes ligeiros, se são doentes com doença moderada, se são doentes graves. Não há qualquer referenciação, portanto, a montante não temos qualquer controlo", salientou.

A médica lembrou ainda que há, cada vez mais, doentes com covid-19 de moderada a grave, alertando que abrange todas as faixas etárias.

"Não temos só idosos. Temos pessoas mais jovens, com 30, com 40 e até pessoas com 20 anos. Nós estamos a ter muito doentes com doença moderada a grave com necessidade de internamento. Se não temos capacidade de os internar é fácil de perceber que os doentes vão entupir o serviço de urgência", indicou.

Anabela Oliveira reiterou que o hospital não consegue internar as pessoas que estão nas ambulâncias: "Os doentes que estão nas ambulâncias são doentes que nós não conseguimos trazer para o serviço de urgência", precisou.

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