Vacina contra a covid-19
Válter Fonseca, diretor dos Serviços de Qualidade na Saúde da DGS, garantiu esta terça-feira que os efeitos adversos da vacina contra a covid-19 são ligeiros e raros.
"A maior parte dos efeitos adversos são muitíssimo ligeiros, para além de serem raros", garantiu o responsável em conferência de imprensa, acrescentando que os ensaios clínicos às vacinas mostraram que são seguras.
Válter Fonseca explicou também que entre os eveitos secundários da vacina mais frequentes estão as dores musculares e articulares e a febre ligeira.
Já a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse esta terça-feira que o início da vacinação contra a covid-19 é um sinal de esperança para o mundo.
"Este Natal, a ciência e o conhecimento alimentam a esperança de todo o mundo com o início da vacinação contra a covid-19", disse a responsável da DGS.
Na conferência de imprensa, Graça Freitas apelou a "vacinar, vacinar, vacinar".
"Quando tivermos vacinas disponíveis temos de aproveitar essa oportunidade de controlar o vírus e de melhorar as nossas vidas".
Portugal começa a vacinação contra a covid-19 no próximo domingo, dia 27 de dezembro. Os primeiros a receber a vacina são os profissionais de saúde na linha da frente nos maiores hospitais.
O primeiro lote de vacinas chega esta semana com 9.750 doses.
Os especialistas sublinham que a vacina é fundamental para ultrapassar a pandemia, mas lembram que é apenas uma parte da solução.
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Nova estirpe de coronavírus
Sobre a nova estirpe de coronavírus, o diretor dos serviços de qualidade na saúde da DGS garantiu que ainda não foi detetada em Portugal.
Válter Fonseca afirmou também que as autoridades de saúde estão a acompanhar "de perto" a situação.
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PRIMEIRO-MINISTRO EM ISOLAMENTO PROFILÁTICO
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que o primeiro-ministro, António Costa, está a cumprir as regras das autoridades de saúde.
Graça Freitas insistiu que António Costa não tem um tratamento diferente.
O primeiro-ministro foi considerado contacto com exposição de alto risco à covid-19, ficando em isolamento profilático na Residência Oficial até ao final do período de vigilância ativa de 14 dias.
"Na sequência da exposição a caso de covid-19, ocorrida no dia 16/12/2020, o primeiro-Ministro, Dr. António Costa, e após avaliação de risco efetuada por Autoridade de Saúde, este foi considerado contacto com exposição de alto risco", afirmou em comunicado a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)
António Costa está sujeito "a vigilância ativa durante 14 dias, desde a data da última exposição, com isolamento profilático na Residência Oficial até ao final do período de vigilância ativa", adianta a ARSLVT.
António Costa já estava em isolamento profilático preventivo da covid-19, após ter estado, no Palácio do Eliseu, em Paris, com o presidente francês, Emmanuel Macron, que se encontra infetado com o novo coronavírus.