Coronavírus

Falta de rotinas médicas pode matar 1,2 milhões de crianças em 6 meses, alerta Unicef

80 milhões de bebés com menos de um ano de idade correm o risco de contrair doenças pela falta de vacinação.

Médico mede uma criança subnutrida no Afeganistão
Rafiq Maqbool / AP

Lusa

A Unicef ​​avisou hoje que a pandemia de coronavírus pode provocar a morte de 1,2 milhões de menores de 5 anos nos próximos seis meses, devido à cobertura reduzida dos serviços médicos de rotina e ao aumento da desnutrição.

A pandemia global também causou um atraso nas campanhas de vacinação e o Unicef ​​estima que, pelo menos, 80 milhões de bebés com menos de um ano de idade correm o risco de contrair doenças como difteria, sarampo ou poliomielite, 23 milhões dos quais em África.

Num relatório elaborado pela Unicef ​​Espanha e pela ISGlobal, as organizações sublinham que a covid-19 põe em risco as metas alcançadas nas últimas três décadas na luta contra a mortalidade infantil na Espanha, razão pela qual, sublinham, a cooperação internacional deve ser uma prioridade.

As duas organizações concentraram-se em analisar a luta contra doenças evitáveis, nomeadamente a pneumonia, que é a principal causa de morte de crianças menores de 5 anos, mas que pode ser evitada com muita facilidade através da administração da vacina pneumocócica conjugada (PCV) e de um diagnóstico precoce da doença.

Na Etiópia, entre 1990 e 2018, a taxa de mortalidade infantil foi reduzida em 267% e em Moçambique 400%.

“Estes dados demonstram a importância de investir no sistema de saúde para impedir possíveis pandemias e também para poder preveni-las e tratá-las a tempo”, argumentam a Unicef ​​e a ISGlobal.

Antes da pandemia, era estimado que 52 milhões de crianças com menos de cinco anos pudessem morrer até 2030.

Pelo menos 468 mil mortos e quase 9 milhões de infetados em todo mundo

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 468.518 pessoas e infetou mais de 8.979.750 em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais até às 12:00 de Lisboa.

Pelo menos 4.200.700 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

Os países mais atingidos:

  • Estados Unidos, com 119.977 mortes e 2.280.969 casos
  • Brasil com 50.617 mortes em 1.085.038 casos
  • Reino Unido com 42.632 mortes (304.331 casos)
  • Itália com 34.634 mortes (238.499 casos)
  • França com 29.640 mortos (196.878 casos)
  • China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) com 83.378 casos e 4.634 mortes

A Europa totalizou 192.860 mortes para 2.532.159 casos, Estados Unidos e Canadá 128.448 mortes (2.382.255 casos), América Latina e Caraíbas 95.912 mortes (2.058.781 casos), Ásia 29.432 mortes (1.046.176 casos), Médio Oriente 13.645 mortes (644.308 casos), África 8.090 mortes (307.167 casos) e Oceânia 131 mortes (8.908 casos).

1.534 mortes e 39.392 casos de Covid-19 em Portugal

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 1.534 mortes e 39.392 casos de Covid-19 em Portugal, desde o início da pandemia.

O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.530 para 1.534, mais quatro em relação a ontem, enquanto o número de infetados aumentou de 39.133 para 39.392, mais 259, o que corresponde a um aumento de 0,7%.

Há 424 doentes internados, mais 17 em relação a ontem. 72 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos, mais três face a domingo.

O número de casos recuperados subiu de 25.376 para 25.548, mais 172.

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