O número de óbitos no Reino Unido durante a pandemia covid-19 subiu para 16.509 após ter sido registada a morte de mais 449 pessoas infetadas nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde britânico.
O número total de casos de contágio é agora de 124.743, mais 4.676 do que no dia anterior, referiu.
No domingo, tinham sido registadas mais 596 mortes e 5.850 novos casos de pessoas infetadas relativamente ao dia anterior.
Os números das mortes são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte e referem-se a óbitos registados até às 17:00 da véspera apenas em hospitais.
O número de pessoas infetadas é contabilizado de forma diferente e inclui os diagnósticos feitos até às 9:00 de hoje.
Na conferência de imprensa diária do Governo sobre a crise, no domingo, a sub-Diretora Geral da Saúde, Jenny Harries, recusou dizer se o Reino Unido já tinha ultrapassado o pico da curva epidemiológica, mas admitiu que “as coisas estão a ir na direção certa"
A responsável considerou que o declínio do número de mortes, o mais baixo desde 06 de abril, era "positivo", mas acautelou contra uma análise precipitada destes dados, pois têm existido reduções durante o fim de semana que depois são corrigidas por uma revisão dos registos dos óbitos.
"Poderíamos tirar uma série de conclusões positivas sobre isto, mas não devemos. Eu penso que podemos dizer que o que sabemos pelos dados dos hospitais é que estamos a começar a chegar ao planalto”, afirmou, durante a conferência de imprensa.
A responsável acrescentou que se as medidas de distanciamento social forem relaxadas, existe o risco de uma segunda vaga de infeções, opinião que hoje o porta-voz do primeiro-ministro, Boris Johnson, também reiterou, a propósito do fim do regime de confinamento.
"A grande preocupação é um segundo pico. É isso que, em última análise, vai causar mais danos à saúde e mais danos à economia. Se avançarmos depressa demais, o vírus pode começar a espalhar-se exponencialmente novamente”, referiu, citado pelo The Guardian.
Segundo a edição de hoje do jornal The Times, o primeiro-ministro teve uma reunião de duas horas na sexta-feira com membros e assessores do governo, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, que substitui Boris Johnson na frente do governo enquanto durante a sua ausência.
Nesta, terá dito que a prioridade é ajudar o país a recuperar e a voltar a um “novo normal” depois do pico, mas manifestou o receio que um levantamento demasiado cedo do confinamento resulte num "segundo pico” de infeções e a necessidade de um novo confinamento, o qual teria custos significativos para a saúde e economia.
O porta-voz disse hoje que Boris Johnson continua a recuperar da infeção do novo coronavírus e não está a trabalhar, mas que tem recebido atualizações sobre o combate à pandemia.
Johnson está em convalescença na sua residência de campo em Chequers Court, nos arredores de Londres, desde que recebeu alta a 12 de abril do hospital de St. Thomas, em Londres, onde passou uma semana internado devido ao agravamento dos sintomas do novo coronavírus, incluindo três noites nos cuidados intensivos.
Mais de 165 mil mortos e quase 2,5 milhões de infetados em todo mundo
A pandemia da covid-19 matou pelo menos 165.216 pessoas e há pelo menos 2.403.410 casos de infeção em 193 países desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00.
Pelo menos 537.700 doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, lideram em número de mortes e casos, com 40.683 mortos para 759.786 casos.
Pelo menos 70.980 pessoas foram declaradas curadas nos Estados Unidos.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 23.660 mortos em 178.972 casos, Espanha com 20.852 óbitos (200.210 casos), França com 19.718 mortes (152.894 casos) e Reino Unido com 16.060 mortos (120.067 casos).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.747 casos (12 novos entre domingo e hoje), incluindo 4.632 mortes e 77.084 curados.
Até às 11:00 de hoje, a Europa totalizou 104.028 mortes para 1.183.307 casos, Estados Unidos e Canadá 42.212 mortes (793.169 casos), Ásia 7.030 mortes (166.453 casos), no Médio Oriente 5.664 mortes (126.793 casos), América Latina e Caraíbas 5.068 mortes (103.857 casos), África 1.124 mortes (21.957 casos) e Oceânia 90 mortes (7.879 casos).
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Mais 21 mortes e 657 casos de Covid-19 em Portugal
A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 735 mortes e 20.863 casos de Covid-19 em Portugal.
O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 714 para 735, mais 21 - uma subida de 2,9% - , enquanto o número de infetados aumentou de 20.206 para 20.863, mais 657, o que representa um aumento de 3,2%.
O número de casos recuperados mantém-se nos 610 pelo terceiro dia consecutivo.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".