O tráfego aéreo mundial vai demorar anos a regressar ao nível de antes da pandemia de covid-19, previu hoje o líder da Boeing, David Calhoun, apontando um período de dois a três anos.
Calhoun, que falava numa reunião da Boeing, anunciou que são precisos três a cinco anos para que os dividendos da Boieng sejam restaurados, com o grupo aeronáutico a ser bastante atingido pelas consequências económicas da crise causada pela pandemia de covid-19.
Estas dificuldades acrescem aos problemas que o grupo tem enfrentado com o aparelho 737 MAX.
"Esta crise sanitária é diferente de tudo o que conhecemos antes", afirmou Calhoun, acrescentando que haverá um período de "vários anos" antes de se atingir os níveis anteriores à pandemia.
Calhoun traçou um quadro sombrio quanto às perspetivas do setor aéreo em geral e da Boeing em particular.
"Sabemos que teremos que pedir dinheiro emprestado nos próximos seis meses", afirmou.
Antes desta crise, a Boeing já enfrentava dificuldades devido à paragem dos aviões 737 MAX, impedidos de voar há mais de um ano devido a dois acidentes que causaram 346 mortos.
Na quarta-feira, a Boeing deverá apresentar os seus resultados trimestrais antes da abertura de Wall Street.
Desde o início do ano, as ações da empresa já registaram uma desvalorização de mais de 60% na praça nova-iorquina.
Mais de 200 mil mortos e 3 milhões de infetados pelo novo coronavírus em todo mundo
A pandemia de covid-19 já matou 206.567 mil pessoas e infetou 2.961.540 em 193 países desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00, a partir de dados oficiais.
Pelo menos 809.400 foram consideradas curadas pelas autoridades de saúde.
Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, lideram em número de mortos e casos, com 54.877 e 965.933, respetivamente. Pelo menos 107.045 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades de saúde.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 27 mil mortos para 199.414 casos, Espanha com 23.521 óbitos (209.465 casos), França com 23.293 mortos (162.100 casos) e Reino Unido com 21.092 óbitos (152.840 casos).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou em dezembro, contabilizou 82.830 casos (três novos entre domingo e hoje), incluindo 4.633 mortos (uma nova) e 77.474 curados.
Até às 11:00 de hoje, foram registados na Europa 125 mil mortos para 1.379.443 casos, nos Estados Unidos e Canadá 57.513 mortos (1.012.573 casos), na América Latina e Caraíbas 8.292 mortos (169.174 casos), na Ásia 8.077 mortos (204.217 casos), no Médio Oriente 6.392 mortos (156.097 casos), em África 1.425 mortos (32.015 casos) e na Oceânia 109 mortos (8.023 casos).
Mais 25 mortes e 163 casos de Covid-19 em Portugal
A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 928 mortes e 24.027 casos de Covid-19 em Portugal.
O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 903 para 928, mais 25, enquanto o número de infetados aumentou de 23.864 para 24.027, mais 163, o que representa um aumento de 0,68%.
O número de casos recuperados subiu de 1.329 para 1.357.