O Bernardo vem à consulta todas as semanas. Não tem queixas mas tem muito medo de ficar doente e por isso, na dúvida, vem pedir umas análises e perguntar qual é o risco de vir a desenvolver cancro. Se a história lhe é familiar é bem provável que algum amigo o chame de hipocondríaco. E é esse o tema de hoje.
Entre as consultas, Bernardo ainda envia vários emails, porque tem medo que eu não tenha percebido ou ouvido bem todos os seus antecedentes.
Aquilo que antigamente se chamava de hipocondria tem atualmente critérios bem definidos, e na maioria das vezes trata-se de uma perturbação da ansiedade. Este diagnóstico faz-se com base num medo constante e excessivo de estar doente, mesmo na ausência de sintomas ou história sugestiva.
Esta preocupação e medo constantes de ficar doente têm um impacto significativo na qualidade de vida, traduzindo-se em múltiplas idas a consultas médicas, grandes despesas de saúde, faltas ao trabalho, realização de exames desnecessários, e uma procura excessiva de garantias que está tudo bem.
Quais são, afinal, os critérios que definem que um paciente é hipocondríaco? Assista ao Consulta Aberta desta semana.