Israel deu início na noite desta segunda-feira a uma nova fase da ofensiva no Médio Oriente, com uma operação terrestre no sul do Líbano contra alvos do Hezbollah. Esta terça-feira, o Irão avançou com um ataque com mísseis balísticos contra várias cidades de Israel.
Durante o ataque iraniano, Henrique Cymerman foi uma das centenas de pessoas que recorreu a abrigos para se proteger dos quase 200 mísseis balísticos que invadiram os céus de Israel. O correspondente da SIC fala num dos momentos mais "delicados" e "tensos" que já experienciou.
Henrique Cymerman explica que primeiro se ouviram vários estrondos provocados por mísseis enviados pelo Líbano e logo depois um atentado suicida que provocou a morte a quase 10 pessoas e feriu gravemente outros tantos civis. Terá sido apenas depois que Teerão procedeu ao ataque contra Israel.
"Depois, de repente, começam as sirenes a soar. Não se sabia se era um ataque do Iémen (Houthis), do Líbano (Hezbollah) ou do princípio de um ataque iraniano"
O que esperar nas próximas horas por parte dos EUA?
Este é o segundo ataque do Irão contra Israel. O primeiro ocorreu no passado dia 14 de abril, quando foram disparados centenas de drones e mísseis balísticos e de cruzeiro.
Segundo o correspondente da SIC, nas últimas horas, chegaram três esquadras da Força Aérea norte-americana. Os Estados Unidos têm o porta-aviões Truman (CVN-75) na região do Mediterrâneo Oriental, entre Telavive e Beirut, ao mesmo tempo que no Golfo Pérsico perto do Irão está o Abraham Lincoln (CVN-72).
Os Estados Unidos mantém uma colaboração contínua com Israel, embora Telavive pretenda responder de forma diferente do habitual.
O que pode Israel fazer, de acordo com Henrique Cymerman?
- Atacar objetivos militares como fez depois de 14 de abril.
- Atacar as bases das quais partiram os mísseis balísticos enviados pelo Irão.
- Atacar o sistema de mísseis S-300 da Rússia que foram entregues ao Irão.
- Atacar outro tipo de objetivos do regime de Ali Khamenei.
- Um ataque coordenado entre Israel, os Estados Unidos e outros países contra as instalações nucleares iranianas.